“Um dos compromissos que assumo aqui é atrair investimento privado para o interior, baixando os impostos desde que crie emprego”, afirmou o secretário-geral do PS, num comício em Castelo Branco, no âmbito da campanha para as eleições primárias do partido, a 28 de setembro, que disputa com António Costa, atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
António José Seguro sublinhou ainda que não quer um país em que “cada um fique entregue à sua sorte”.
“Queremos um país em que todos tomem conta de todos”, enfatizou.
Seguro deixou ainda a promessa de que, caso chegue ao Governo, vai rever o processo da reorganização administrativa das freguesias.
“Onde essa reorganização foi bem feita, ótimo. Mas, onde piorou a situação das pessoas, aí tem que haver uma correção feita em diálogo com as juntas de freguesia e as câmaras municipais”, adiantou.
O dirigente socialista deixou ainda o compromisso de defender o interior e o distrito de Castelo Branco.
“De um momento para o outro assistimos ao encerramento e esvaziamento de serviços públicos [no interior]. Esta é a primeira condição para o Estado se afastar das pessoas. Vivemos situações dramáticas de acesso à justiça e à saúde. O interior precisa de uma política integrada de desenvolvimento”, referiu.
O secretário-geral socialista e candidato às primárias do PS sublinhou ainda que “há um caminho diferente a seguir”.
“Não sou contra a reforma do Estado, mas sim contra aquilo que o atual Governo tem feito, que é maltratar o interior” do país, destacou.
Seguro referiu-se ainda ao momento atual do PS, insistindo: “não deveríamos estar aqui. Não estamos aqui por minha responsabilidade, porque ganhámos duas eleições [autárquicas e as europeias]. Este problema foi criado ao PS, mas demos a volta por cima”.
“Dizem que o PS tinha um líder fraco e dócil. Pois um líder avalia-se pelos resultados. Nunca um partido só, em 40 anos, ganhou tantas câmaras municipais como nós em setembro do ano passado”, vincou, acrescentando: “quando tínhamos as legislativas à vista, surgiu esta crise. E, se alguns julgavam que nós vacilaríamos, quero dizer que quem fez um caminho convosco durante três anos não deita a toalha ao chão”.
“Para alguns, a política pode ser a arte do engano. Isto não é política. É qualquer coisa que contamina a política. Queremos que os portugueses restabeleçam a confiança no PS”, criticou, sem nunca se referir a nomes.