Segurança Social elimina 697 postos de trabalho

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São quase 700 os postos de trabalho que o Instituto de Segurança Social (ISS) quer eliminar, um número que já tinha sido denunciado pelos sindicatos e que recebeu luz verde do Secretário de Estado da Administração Pública.

De acordo com uma nota oficial a que o Diário Económico teve acesso, o ISS propõe a redução de 697 postos de trabalho, entre enfermeiros, docentes, assistentes operacionais e outros.

Estas pessoas correm agora o risco de serem colocadas em requalificação, o que implica cortes salariais e, no caso de trabalhadores mais recentes, pode mesmo culminar em despedimento.

Em sentido inverso, o ISS identificou 35 postos de trabalho por ocupar, onde se incluem técnicos superiores ou diretores. Existem hoje 8.442 empregos na estrutura, mas o ISS considera que só são necessários 7.780 (menos 662). A proposta, que já recebeu luz verde do Secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins, preocupa os sindicatos.

José Abraão, do Sintap, disse ao Económico que vai pedir uma reunião com o ministro Mota Soares. A Federação FNSTFPS indica em comunicado que “tudo fará para impedir mais este acto”. Em setembro, quando o Sintap denunciou que estavam em risco 700 empregos no ISS, o Governo não confirmou números, mas fonte da Segurança Social admitiu que seriam extintas carreiras não revistas ou referentes a “responsabilidades que se tornaram desnecessárias”, dando o exemplo de equipamentos transferidos para instituições sociais (como creches).

O Sintap já tinha indicado que o Governo quer enviar cerca de 10% dos trabalhadores para a requalificação, mas o ministério das Finanças desmentiu a existência de metas. No entanto, o Governo assumiu perante Bruxelas o compromisso de colocar 12 mil trabalhadores neste sistema, embora a ministra das Finanças tenha garantido depois que a meta não é vinculativa.


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