Reitor diz que existe um “garrote orçamental” na UBI

António Fidalgo tomou posse para o segundo mandato e no discurso, muito duro para o Estado, frisou que a UBI tem cumprindo as suas tarefas e servido bem o país.

O reitor da Universidade da Beira Interior (UBI) reivindicou ontem a intervenção da Assembleia da República no problema do “subfinanciamento crónico” e do “garrote orçamental” que a instituição enfrenta e que a levou a não apresentar orçamento para 2018.

“Esperamos agora que o parlamento, em sede de discussão do Orçamento do Estado, corrija uma situação injusta que as sucessivas tutelas governamentais não têm querido resolver, ou não têm sido capazes de o fazer”, referiu António Fidalgo, depois de ter lembrado as dificuldades causadas pelo subfinanciamento e de ter explicado que, em consequência, a UBI não submeteu a proposta de orçamento para 2018.

António Fidalgo tomou posse para o segundo mandato e no discurso, muito duro para o Estado, frisou que a UBI tem cumprindo as suas tarefas e servido bem o país, alertando que que todo o serviço prestado “está a ser posto em causa por uma asfixia financeira que se agrava de ano para ano e que resulta de um subfinanciamento já crónico”. Um subfinanciamento que classificou como “indevido, injusto, gritante pela dimensão e escandaloso pela duração.

Revelando os números dos últimos anos, António Fidalgo reiterou que a dotação orçamental atribuída à UBI não é sequer suficiente para fazer face às despesas de pessoal, tendo em 2016, atingido um diferencial de 5,6 milhões de euros. “Um garrote orçamental” que deverá continuar em 2018, já que a dotação atribuída à UBI não é, novamente, suficiente para fazer face às despesas.

Por outro lado, António Fidalgo também afirmou que o Estado “falhou escandalosamente” a nível da coesão do território, tendo salientado que o país está cada vez mais “desigual”, com o interior a “definhar a olhos vistos”.


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