A concessão, que vigora por 50 anos, foi atribuída à Malcatur, sociedade hoteleira que detém um hotel e um spa naquela vila e que foi a promotora deste processo que culminou com a assinatura do respetivo contrato com o Governo.
Durante a cerimónia, o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, que coincidentemente é natural desta vila do distrito de Castelo Branco, ressalvou a importância de colocar os recursos naturais ao serviço da economia e do desenvolvimento do território.
“São projetos que, em conjunto com a iniciativa privada, ajudam a criar emprego e são um estímulo para a economia”, afirmou.
A falar naquele que é um dos concelhos mais desertificados do país, o governante também lembrou os benefícios deste tipo de aposta para o desenvolvimento dos territórios, nomeadamente através da dinamização do turismo.
“São recursos que fazem parte do que pode ser o futuro desta região”, afirmou.
O potencial turístico que se ganha foi também uma das ideias transmitidas pelo presidente da Câmara Municipal de Penamacor, António Luís Beites, que se mostrou convicto de que esta concessão contribuirá “para o desenvolvimento do concelho”.
O autarca destacou ainda o facto de este passar a ser um dos poucos concelhos do país a ter duas estâncias com águas termais, já que a freguesia de Águas também tem uma concessão atribuída e um balneário termal a funcionar.
“Acreditamos que isto contribuirá fortemente para aumentar o potencial turístico de Penamacor e não temos dúvida nenhuma de que é uma mais-valia a vários níveis”, disse.
O contrato de concessão prevê que a sociedade hoteleira proceda, no prazo de dois anos, à execução de uma nova captação de água.
Além disso, no prazo em 36 meses, deverá realizar um estudo médico-hidrológico que apresente as indicações terapêuticas da água mineral natural, cujas análises iniciais já indicaram que águas com propriedades termais e ricas em ferro e magnésio.
A Malcatur fica ainda obrigada a pagar à Direção Geral de Energia e Geologia uma compensação anual – calculada com base na água mineral extraída das captações autorizadas -, pagamento do qual ficará isenta nos primeiros três anos de exploração, “tendo em consideração os elevados investimentos realizados nas infraestruturas termais e hoteleiras”.