“São 32 obras, de diferentes dimensões, que revelam as diversas aproximações que o artista fez a materiais, suportes, técnicas ou ‘modos de fazer’ que têm determinado a sua prática artística”, segundo a Câmara Municipal da Guarda.
A exposição, que será inaugurada no sábado às 18 horas e fica patente até 14 de abril, “revela uma escolha em obras de pintura sobre tela e alumínio e grafite sobre papel, pertencentes a diferentes séries realizadas em vários momentos, de 2012 a 2017”.
“Se a tinta de múltiplas cores escorre em camadas ou a linha negra da grafite serpenteia no papel em todas as direções, se os suportes se recortam, ondulam ou fragmentam em diferentes elementos dum improvável conjunto, isso quer dizer que o olhar do espetador, incluindo o do artista, é desafiado a analisar coisas simples como contrastes, composição, diálogos com o espaço e que na persistência do olhar se vão descobrindo pormenores, pequenas relações entre os espaços das formas e no que nelas está representado que propõem um aprofundamento da relação com o mundo e com os que nos rodeiam”, refere a autarquia.
Segundo o Município da Guarda, “as pessoas, as paredes, a sala, o edifício, a sua arquitetura, a cidade, numa aproximação ou num distanciamento desmedidos, são elementos que poeticamente e pragmaticamente são trabalhados”.
“Para cada série de trabalhos por vezes Pedro Calapez escreve um texto”, esclarece, indicando que é justamente o que acontece “com algumas das séries apresentadas” na exposição “Acordo de Noite Subitamente”, que tem entrada livre.
Pedro Calapez, nascido em Lisboa, em 1953, vive e trabalha em Lisboa, tendo iniciado a apresentação do seu trabalho nos anos 1970, com a primeira exposição individual em 1982.
Desde então o seu trabalho foi mostrado em diversos museus internacionais, nomeadamente no Museu Calouste Gulbenkian – Coleção Moderna, em Lisboa, na Fundación Luís Seoane, La Coruña, em Espanha, no Museu do Chiado, em Lisboa, no Paço Imperial de Rio de Janeiro, e no Centro Cultural de São Paulo, no Brasil, entre outros.
Trabalha com galerias que o representam não só em Portugal, mas também em países como Alemanha, Espanha, Estados Unidos da América, México e Suíça.
O seu trabalho encontra-se representado em coleções como o Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madrid, Coleção do Banco Central Europeu, Frankfurt, Centro Galego de Arte Contemporáneo, Santiago de Compostela, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Carmona e Costa, Coleção Caixa Geral de Depósitos e Fundação Portugal Telecom, em Lisboa, Coleção António Cachola, Elvas, Coleção do Chase Manhattan Bank, Nova Iorque, Fundación Coca-Cola, Madrid, e European Investment Bank, no Luxemburgo.