PCP da Guarda contra fecho de balcão da CGD na cidade

A Comissão Política Concelhia da Guarda do PCP criticou hoje o fecho de um balcão da Caixa Geral de Depósitos (CDG) naquela cidade, por considerar que os habitantes perderão “mais um serviço público de proximidade”.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a concelhia da Guarda do PCP refere que está contra o encerramento da agência da CGD que se situa no Largo João de Almeida, no centro da cidade.

Segundo o PCP, o balcão tem “uma função social muito importante para os reformados, já que é através da Caixa que muitos recebem e gerem as suas reformas”.

“Com o encerramento desta agência, as populações perderão mais um serviço público de proximidade e vão ter que recorrer aos balcões existentes, que estarão mais sobrecarregados e com menos capacidade de resposta”, alerta.

A Concelhia da Guarda do PCP considera o encerramento “prejudicial, injusto e merecedor de veemente oposição”, anunciando que vai procurar intervir “contra esta intenção gravosa para as populações e para o concelho”.

A nota refere ainda que, “num momento em que tanto se fala do interior, este encerramento vem penalizar uma região que já é fortemente penalizada e na qual já poucos subsistem. São opções como esta que têm vindo a contribuir para agravar as assimetrias regionais e o despovoamento”.

O PCP considera ainda que a CGD “é um banco público e tem que ter critérios de gestão que vão ao encontro dos milhares de pessoas que são os seus clientes e também das micro, pequenas e médias empresas”.

A CGD vai fechar cerca de 70 agências este ano, a maioria já este mês e nas áreas urbanas de Lisboa e Porto, indicou, em comunicado, o banco público, que não indicou quantas são exatamente as agências que fecharão até final de junho, nem onde se situam, dizendo apenas que muitos desses balcões estão em áreas urbanas.

Segundo informações recolhidas pela Lusa nas últimas semanas, entre as agências da CGD que irão fechar estão, entre outras, Darque (Viana do Castelo), Grijó e Arcozelo (Gaia), Pedras Salgadas (Vila Pouca de Aguiar), Prior Velho (Loures), Alhandra (Vila Franca de Xira), Abraveses e Rua Formosa (Viseu), Louriçal (Pombal), Avanca (Estarreja), Desterro (Lamego), Carregado (Alenquer), Colos (Odemira), Alves Roçadas (Vila Real), Nogueira do Cravo (Oliveira de Azeméis), Perafita (Matosinhos) e Coimbra.

A CGD tinha 587 agências em Portugal no fim de 2017 e quer chegar ao final deste ano com cerca de 517.

A redução da operação da CGD, incluindo o fecho de 180 balcões em Portugal até 2020, foi acordada entre o Estado português e a Comissão Europeia como contrapartida pela recapitalização do banco público feita em 2017.

Em 2017 já tinha fechado 67 balcões, encerramentos que provocaram muita polémica e protestos, sendo o mais conhecido o caso de Almeida.

Assim, com o encerramento destes 70 balcões, a CGD terá ainda de fechar mais 43 balcões nos próximos dois anos.


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