Óbito/Bruno Navarro: Parlamento recorda “excecional legado” na cultura, ciência e ensino

A Assembleia da República aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do presidente da Fundação Côa Parque (FCP), Bruno Navarro, recordando o seu “excecional legado” na cultura, na ciência e no ensino.

“O mandato de Bruno Navarro na Fundação Côa Parque constituirá sempre um marco na história da instituição e na região do Vale do Côa, resultante da sua elevada competência, dedicação e paixão com que exerceu o cargo”, refere o texto do voto, apresentado pelo PS.

Bruno Navarro faleceu no passado dia 30 de janeiro, aos 43 anos, e era desde 2017 presidente do Conselho Diretivo da Fundação Côa Parque, instituição que gere o Museu e o Parque Arqueológico do Vale do Côa, um bem património da Humanidade, reconhecido pela Unesco.

“Bruno Navarro deixa-nos cedo de mais, mas deixa-nos um excecional legado na cultura, na ciência e no ensino e, sobretudo, um exemplo de humanismo e bondade. E é esse legado que também aqui importa reconhecer”, refere o texto apresentado pelos socialistas.

Historiador, professor, investigador e Presidente do Conselho Diretivo da Fundação Côa Parque, Bruno Navarro nasceu em Coimbra a 27 de agosto de 1977, tendo realizado os seus estudos secundários em Vila Nova de Foz Côa.

Licenciou-se em História pela Universidade de Lisboa, onde fez um mestrado em História Contemporânea. Concluiu depois o seu doutoramento na Universidade Nova, onde foi professor, exercendo também a docência no Instituto Superior de Ciências Educativas.

“O seu trabalho como investigador foi objeto de vários reconhecimentos, tendo vencido: o Prémio ‘O Parlamento e a República’, atribuído pela Assembleia da República, o Prémio de História Contemporânea – Dr. Victor de Sá, atribuído pelo Conselho Cultural da Universidade do Minho e o prémio ‘República e Academia’, atribuído pela Comissão Nacional para as Comemorações do centenário da República”, recorda o voto hoje aprovado.

Em julho do ano passado, Bruno Navarro promoveu uma homenagem ao atual secretário-geral da ONU, António Guterres, por ter sido o político português que, em 1995, tomou a decisão de assegurar a salvaguarda do património rupestre, considerado o maior santuário do paleolítico ao ar livre do mundo.


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