O novo Museu Judaico: de Belmonte para o mundo

Com a exceção de alguns utensílios, livros religiosos e peças arqueológicas, tudo é novo no museu.

Abriu portas na terça-feira o renovado Museu Judaico de Belmonte, agora com os conteúdos dedicados quase em exclusivo ao “segredo” do criptojudaísmo local e com uma maior aposta nas novas tecnologias. Para a autarquia “é um grande passo em frente, que faz deste museu um espaço único no mundo” e que servirá para o concelho atingir a tão desejada fasquia dos 100 mil visitantes por ano.

Com a exceção de alguns utensílios, livros religiosos e peças arqueológicas, tudo é novo no museu, não só em termos físicos, mas também nos conteúdos. “Seguimos uma tradição arquitetónica judaica, em que não há nada simétrico. Para os judeus, a simetria é uma característica divina. A estrela de David acompanha o visitante ao longo do museu. Mas naturalmente o mais importante são as fotografias e os testemunhos pessoais, onde se revelam publicamente pela primeira vez em 500 anos alguns costumes e rituais dos judeus de Belmonte. Foi um trabalho fascinante, mas difícil e demorado, porque quando se puxava um fio na história, vinha um novelo inteiro”, explicou Paulo Monteiro, o coordenador do projeto de renovação.
Recorde-se que o Museu foi inaugurado em 2005 e sofreu recentemente obras de remodelação e renovação de conteúdos, num investimento global de 300 mil euros.

Agora, o Museu Judaico permite que o visitante faça um percurso em que fica a conhecer as diferentes fases da história do judaísmo (religião e fé, vivência em segredo e resgate), tendo também como base as memórias, os saberes e vivências da comunidade judaica de Belmonte.


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