Músicos e grupos corais recriam hoje canções de Abril no Teatro Municipal da Guarda

25abril

Serão recriadas canções de grandes autores, como Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Fausto, Adriano Correia de Oliveira e José Mário Branco.

O espetáculo “Velha Guarda” junta no Teatro Municipal da Guarda (TMG), este sábado, músicos e grupos corais locais na recriação de canções de Abril, numa evocação da liberdade e da democracia. O evento, marcado para 21h30, envolve cerca de 100 pessoas.

Com direção musical e artística de Miguel Calhaz, o espetáculo propõe-se evocar 50 anos de liberdade e democracia através da recriação de emblemáticas canções dos cantautores da Revolução de Abril de 1974.

Miguel Calhaz referiu à agência Lusa que serão recriadas canções de grandes autores, como Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Fausto, Adriano Correia de Oliveira e José Mário Branco.

O músico considerou que esta “é uma reunião de amigos” conhecidos de longa data e que frequentaram o meio musical da Guarda, uma ligação que “dá o nome ao espetáculo”, apontou Miguel Calhaz.

O concerto pretende também “reforçar a ideia de que a liberdade e os direitos nunca estão cem por cento assegurados e garantidos”, sublinhou.

Pelo palco do grande auditório do TMG vão passar os músicos Sara Vidal, Luísa Vieira, Miguel Calhaz, Gilberto Costa, Rogério Pires, Miguel Cordeiro, Marcos Cavaleiro e os elementos de três grupos corais locais.

Foram convidados a participar o Grupo Coral “Pedras Vivas”, o Coro de Maçainhas e o Orfeão da Guarda.

O espetáculo conta ainda com a participação especial de Zeca Medeiros.

A ideia de envolver os coros surgiu com a experiência de Paulo José Neto, que partilha a direção coral do espetáculo com Luísa Vieira, em trabalhar com coros comunitários, explicou Miguel Calhaz.

O músico destacou que o envolvimento dos coros dará uma componente “muito interessante” ao espetáculo.

“Será uma participação muito valiosa. São as pedras preciosas da Guarda. Não só de granito se faz a cidade”, sustentou Miguel Calhaz.

Miguel Calhaz evidenciou que “é possível e é preciso” realizar projetos diferenciadores no interior do país.

“Não podemos centralizar a cultura. É muito bom poder realizar projetos deste tipo no interior”, sublinhou.

O músico e compositor afirma que o concerto “Velha Guarda” é “uma proposta de espetáculo muito aliciante”.

Miguel Calhaz, natural do distrito de Castelo Branco, assume-se como “um grande defensor do interior”. E assinala que os músicos que o acompanham no espetáculo, apesar de estarem na sua maioria a residir fora da cidade, também nunca perderam essa ligação ao interior, às suas raízes”.


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