Municípios de Seia e de Gouveia valorizam viveiros florestais concelhios

Os municípios de Seia e de Gouveia, no distrito da Guarda, vão apostar na valorização dos respetivos viveiros florestais que foram intervencionados no âmbito de um projeto vencedor do concurso do Orçamento Participativo de Portugal, em 2018.

O projeto “Floresta Viva – Reabilitação dos Viveiros Florestais de Seia (Portela de Arão) e Gouveia (Folgosinho)”, proposto por Paulo Caetano e Vânea Garcia (Seia), foi contemplado com uma verba de 100 mil euros, sendo 64 mil destinados a Seia e 36 mil a Gouveia.

O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) apresentou hoje no Viveiro Florestal de Portela de Arão (Seia), os trabalhos realizados no âmbito da iniciativa apoiada pelo Orçamento Participativo de Portugal 2018, numa sessão que contou com a presença do secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Paulo Catarino, e da secretária de Estado da Inovação e Modernização Administrativa, Fátima Fonseca.

O projeto de reabilitação dos viveiros tem sido implementado pelo ICNF, em parceria com as autarquias e com o acompanhamento dos proponentes.

O presidente do município de Seia, Luciano Ribeiro, disse à Lusa que após a intervenção realizada no viveiro da Portela de Arão, que contemplou a limpeza do espaço, instalação de vedação, construção de estufas e de uma casa abrigo, entre outras ações, a autarquia pretende dinamizá-lo e valorizá-lo.

“Temos a obrigação de criar condições para que este espaço possa ser dinamizado. E dinamizado em duas vertentes: a vertente da educação ambiental, fazendo um prolongamento do trabalho de campo daquilo que o Centro de Interpretação da Serra da Estrela já faz (…) e, numa outra vertente, porque os viveiros têm uma extensa área, possamos também valorizar e ter aqui um bom exemplo de boas práticas de gestão florestal, em particular na exploração do fruto do medronho que também é importante para a economia local”, explicou.

O município de Gouveia, segundo o técnico Hugo Teixeira, pretende criar um Centro de Educação Florestal no viveiro de Folgosinho e produzir espécies autóctones, tendo lançado um concurso no valor de 350 mil euros.

Um dos proponentes do projeto, Paulo Caetano, lembrou que o mesmo surgiu após os incêndios que atingiram a região nos dias 15 e 16 de outubro de 2017 e com a sua concretização “estão as condições criadas para que se passe a mensagem nas escolas de quanto é importante preservar o ambiente”.

O presidente do ICNF, Nuno Banza, mostrou-se satisfeito com o trabalho feito nos viveiros de Seia e de Gouveia e admitiu que, nos dois espaços, serão produzidas plantas autóctones “que se vão espalhar” pelos territórios.

Na mesma sessão, o secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Paulo Catarino, referiu que o ICNF vai requalificar os viveiros de Malcata, Amarante, Alcácer do Sal e Montegordo, para produção de espécies autóctones.

Por sua vez, a secretária de Estado da Inovação e Modernização Administrativa, Fátima Fonseca, lembrou que o Governo lançou Orçamentos Participativos em 2017 e 2018, que ficaram marcados pelo sucesso.

“Temos neste momento 90% dos projetos integralmente executados ou em fase de conclusão. Os outros 10% estão prestes a arrancar”, disse.

A governante lembrou que o Governo fez a revisão do modelo e publicou uma resolução que estabelece o Dia Nacional da Participação, cuja primeira efeméride será celebrada a 27 de janeiro de 2022.


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