Segundo Pedro Marques, a intervenção é “uma obra importante para as Beiras como um todo”, uma vez que “potencia o desenvolvimento desta sub-região de uma forma muito importante” e “permitirá porventura que se constitua como uma zona de desenvolvimento logístico importante também”.
Pedro Marques esteve hoje na Estação Ferroviária da Guarda, onde decorreu a cerimónia de adjudicação da empreitada, que inclui a construção da Concordância das Beiras, troço de ligação entre a Linha da Beira Alta e a Linha da Beira Baixa.
“É também a ligação aos portos portugueses, é a possibilidade de as empresas desta região, das regiões da Beira, poderem também exportar de forma competitiva através dos nossos portos e esse também é o nosso desafio”, afirmou, no seu discurso.
A empreitada vai permitir a reabertura da via ferroviária, que está fechada desde 2009.
Além disso, sublinhou o ministro, “é uma obra importantíssima para permitir desenvolver, a seguir, a obra de renovação da Linha da Beira Alta”
“Nós precisamos de concluir este troço para que o nosso tráfego internacional de mercadorias se possa fazer aqui pela Beira Baixa, enquanto estamos com uma intervenção de elevado impacto e obviamente com consequências na circulação que temos que minorar na Linha da Beira Alta. Por isso é que começamos por esta obra, por isso é que esta obra vai para o terreno agora e vai para o terreno desejavelmente para estar concluída então no primeiro semestre de 2019”, explicou.
Segundo o ministro, a intervenção que vai ser feita na Linha da Beira Baixa é “a maior obra do investimento ferroviário da última década”.
O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo, referiu que a intervenção na Linha da Beira Baixa contempla a renovação integral de 36 quilómetros de via e a eletrificação da ferrovia desativada desde 2009.
A obra também integra, entre outros trabalhos, a reabilitação de seis pontes centenárias, a remodelação de estações e apeadeiros, a drenagem e estabilização de taludes e a automatização e supressão de passagens de nível.
Quando as obras estiverem realizadas, segundo António Laranjo, a ligação ferroviária entre as cidades da Guarda e da Covilhã será feita em “cerca de 40 minutos”.
Para o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, a reabertura da Linha da Beira Baixa entre a Guarda e a Covilhã fará da cidade mais alta do país uma “grande plataforma ferroviária”.
“Aqui está o projeto mais desafiante para a Guarda nas próximas décadas”, assumiu.
Num momento em que o Governo assinala dois anos de funções, Pedro Marques lembrou que está em curso o programa Ferrovia 2020, que prevê um investimento global na ferrovia de cerca de 2.000 milhões de euros de investimento público na recuperação das infraestruturas ferroviárias.