Julgamento de Pedro Dias: Seis testemunhas ouvidas esta terça-feira

O julgamento de Pedro Dias, acusado de homicídio, prossegue esta terça-feira no Tribunal da Guarda, estando prevista a audição de seis testemunhas.

Na sexta-feira passada, o militar da GNR que sobreviveu aos homicídios de Aguiar da Beira esteve no mesmo tribunal a relatar os acontecimentos da noite em que Pedro Dias o feriu a tiro.

António Ferreira começou por pedir que Pedro Dias fosse retirado da sala de audiências, antes que começasse a relatar os acontecimentos daquele dia. O pedido foi aceite pelo tribunal, sendo que Pedro Dias assistiu ao depoimento através de transmissão vídeo, num outro local do Tribunal da Guarda.

Ao longo de duas horas, o militar da GNR revelou que “ainda hoje não sabe o que passou na cabeça de Pedro Dias para ter feito o que fez” e que recorda todos os dias os crimes de Aguiar da Beira.

“Não há dia nenhum que não pense nisso”, apontou António Ferreira, acrescentando que “não há sentimentos que expliquem” o que sentiu quando foi obrigado a colocar o colega morto na bagageira do veículo da GNR.

Depois de ter passado cerca de duas horas da manhã a descrever o que aconteceu na noite de 11 de outubro de 2016, António Ferreira falou mais 45 minutos durante a tarde, desta feita para partilhar o trauma psicológico e as lesões físicas com que ficou.


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