IPG cria fundo de apoio para captar novos alunos

Politécnico da Guarda está a desafiar municípios e empresas da região a financiarem em parte ou totalmente o valor anual das propinas.

No último ano apenas 48 por cento das vagas do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) foram preenchidas, ou seja, sobraram 352 vagas num total de 676. Para combater estes resultados, o IPG está a desenvolver um Fundo de Apoio à Captação de novos alunos, o “FA+IPG”.
O governo lançou neste ano letivo o programa “+ Superior” com o objetivo de incentivar o ingresso de estudantes do litoral nos estabelecimentos de ensino superior do interior, mas isso «não impede que os jovens da região saiam para outros estabelecimentos, e os que saem dificilmente regressam», constata Constantino Rei. Com o “FA+IPG” pretende-se que «funcione na mesma linha do “+ Superior”», atraindo alunos de outras regiões do país, mas também fixando estudantes oriundos do distrito. Para tal, o IPG já reuniu com os presidentes dos municípios, sendo que «ainda nenhum disse que não apoiaria», garantiu o presidente do Politécnico. «O desafio foi lançado e os autarcas veem agora quais são as suas possibilidades», acrescenta, adiantando que o “FA+IPG” também chegou a algumas empresas através do NERGA (Associação Empresarial da Região da Guarda), cujos responsáveis já visitaram os laboratórios do Instituto.

Neste momento, o Politécnico aguarda possíveis interessadas em apoiar a iniciativa e pondera apresentar o protocolo a outras empresas. No entanto, Constantino Rei admite que «este é também um período difícil para as empresas, mas o principal objetivo é chamar novos alunos», sendo que os objetivos do IPG não se ficam apenas por captar jovens do distrito. É que este fundo a criar por empresas poderia atrair alunos internacionais, por exemplo de Cabo Verde, onde Constantino Rei espera poder apresentar esta proposta. O valor atribuído a cada aluno nunca lhe vai ser entregue diretamente, «simplesmente é o valor total ou parcial da propina anual, ou seja, esse valor sai do fundo em nome do beneficiário, diretamente para os cofres do IPG», esclarece o presidente.

«Acreditamos que este é um instrumento que pode ajudar a captar estudantes, mas ainda é muito cedo para avançar com números» quer de bolsas, quer do valor do fundo, acrescentou o responsável. No entanto, Constantino Rei confessa que gostava que fossem garantidas mais de 40 a 50 bolsas, «menos que isto não terá os efeitos desejados», considera, dizendo compreender que o projeto está condicionado pela disponibilidade das empresas e municípios.


Conteúdo Recomendado