“Estamos muito satisfeitos, embora importa continuarmos atentos à conceção que vai ser feita deste corredor Aveiro – Viseu – Guarda – Vilar Formoso”, disse hoje o autarca Álvaro Amaro à agência Lusa.
O autarca reagia à notícia hoje publicada no Jornal de Negócios que avança que “Portugal vai ter duas novas linhas férreas”, as ligações Aveiro – Vilar Formoso e Évora – Caia, candidatadas a fundos europeus.
Em relação ao projeto Aveiro – Vilar Formoso, o presidente da Câmara Municipal da Guarda refere que “um corredor desta natureza tem que trazer um reforço da posição estratégica em termos ferroviários da cidade da Guarda e da sua estação, seja em termos de mercadorias, seja em termos de pessoas”.
“Este novo corredor não pode deixar de ter em conta, na sua conceção, e por isso vamos estar atentos, a importância estratégica da estação da Guarda e o incremento ao desenvolvimento económico da própria Plataforma Logística”, afirmou.
Álvaro Amaro sublinhou ainda que, nos próximos tempos, os políticos e os empresários locais terão que continuar mobilizados porque o momento “pode ser histórico para o desenvolvimento futuro da Guarda”.
“Se a ferrovia se apresenta como uma alternativa estratégica de futuro, então a Guarda tem aqui uma oportunidade para a qual trabalhámos e que não podemos desperdiçar, quer da ligação ao litoral, a Aveiro, quer à Europa”, disse.
O autarca sublinhou também “a importância desta decisão do Governo Português em considerar este corredor como um dos eixos prioritários a incluir neste novo ciclo de fundos”.
Lembrou que no âmbito da Plataforma A25, constituída pelos presidentes dos municípios de Aveiro, Guarda e Viseu, sempre foi defendido o corredor ferroviário Aveiro – Salamanca e foi realizado “um diálogo intenso com o Estado e com o Governo” sobre a questão da ferrovia.
“Falámos da importância estratégica para a economia nacional em geral e naturalmente para a economia desta Plataforma, do corredor Aveiro – Viseu – Guarda – Vilar Formoso”, indicou, lembrando que até foi realizado, na Guarda, um debate técnico sobre o tema.
Por isso, a construção daquela via é para o presidente da autarquia da Guarda um “motivo de satisfação”.
“Quando lutamos pelas coisas e sentimos que somos ouvidos e atendidos, sobretudo quando falamos de algo que é de elementar justiça para a economia deste território”, justificou.
Álvaro Amaro disse ainda à Lusa que quando foi debatida a ferrovia foi também defendida a necessidade da modernização da linha da Beira Baixa entre Guarda – Covilhã.
Em fevereiro, o presidente da EP/Refer esteve na Guarda e anunciou o lançamento do concurso para a obra da Ponte de Corge, Covilhã, no valor de 2,5 milhões de euros.
Para o autarca da Guarda, o concurso público representa a “irreversibilidade” da obra que é importante para a região.