Segundo o Comando Territorial da Guarda, trata-se de “um projeto inovador” que permitirá “garantir respostas imediatas e efetivas, no âmbito da prevenção e promoção da qualidade de vida de pessoas vulneráveis, através da criação de respostas integradas, sobretudo nas componentes fundamentais da segurança, do socorro e da ação social”.
O protocolo, que abrange 13 dos 14 municípios do distrito da Guarda, ficando apenas de fora o de Seia, foi hoje assinado pelos autarcas de Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Gouveia, Guarda, Mêda, Pinhel, Sabugal, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa.
Com as ações a realizar no âmbito da teleassistência, as entidades envolvidas vão tentar “combater os efeitos negativos das situações de isolamento e solidão, através da criação de respostas integradas e aproveitando as sinergias que cada parceiro poderá desenvolver, sobretudo nas componentes fundamentais da segurança, do socorro e da ação social”.
De acordo com o documento, a implementação do denominado Programa de Teleassistência a Pessoas Vulneráveis tem como objetivos, entre outros, “garantir a manutenção da pessoa no seu meio ambiente, com a utilização de um dispositivo eletrónico de apoio, que lhe permite obter assistência permanente em qualquer eventualidade, através de um atendimento personalizado e interessado”.
Garantir respostas no âmbito da prevenção e promoção da qualidade de vida, ao tentar combater os efeitos negativos das situações de isolamento e solidão, proporcionar uma resposta imediata em situações de emergência, bem como o apoio à solidão a todos os utentes que se encontrem em situação de vulnerabilidade ou dependência, 24 horas por dia e sete dias por semana e melhorar a qualidade de vida, a saúde, a tranquilidade, a segurança, a autonomia e a autoestima, são outros dos propósitos da iniciativa.
Segundo a GNR, o acordo hoje celebrado “é o culminar de um trabalho árduo e desafiante” desenvolvido, durante o último ano, entre o Comando Territorial da Guarda e as Câmaras Municipais envolvidas.
O comandante do Comando Territorial da GNR da Guarda, Cunha Rasteiro, adiantou aos jornalistas que ainda “vai demorar algum tempo” para que o projeto esteja no terreno.
“Numa primeira fase contamos com cerca de 200 idosos, que são aqueles que nos preocupam, são aqueles que vivem isolados”, disse.
O protocolo de colaboração foi assinado no dia da tomada de posse do coronel Cunha Rasteiro como novo comandante do Comando Territorial da GNR da Guarda.
Segundo a operação “Censos Sénior 2017” da GNR, que se realizou em todo o país entre 01 e 31 de março, o distrito da Guarda é aquele que tem mais idosos a viver sozinhos ou isolados.
Os dados apontam que no distrito da Guarda vivem 3.932 idosos sozinhos ou isolados, seguindo-se Viseu com 3.930. Dos 3.932 idosos sinalizados no distrito da Guarda, 3.197 vivem sozinhos e 452 isolados.