Fundação Côa Parque nomeia diretor técnico interino para museu e parque arqueológico

O presidente do Conselho Diretivo da Fundação Côa Parque (FC-P) anunciou hoje que o arqueólogo Jorge Sampaio foi nomeado para desempenhar “interinamente” as funções de diretor técnico do Museu e Parque Arqueológico, até que esteja concluído “procedimento concursal”.

O cargo de diretor técnico vem substituir a “figura” de diretor do Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa, até aqui foi ocupado pelo arqueólogo António Martinho Batista.

“Encontrando-se vago o lugar de responsável técnico-científico do Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa e, tendo-se entretanto desencadeado o processo para o lançamento de um concurso interno, foi deliberado, por unanimidade, designar Jorge Sampaio para desempenhar interinamente as funções, até que esteja concluído o procedimento concursal”, explicou à agência Lusa, o presidente da fundação, Bruno Navarro.

Segundo foi dado a conhecer pela FC-P, a ligação do arqueólogo Jorge Sampaio ao Vale Côa iniciou-se em 1995, quando a polémica sobre as gravuras e a construção da barragem estava no seu auge.

O arqueólogo fez parte da equipa de investigação que estudava o contexto da arte paleolítica, tendo sempre em mente uma profunda preocupação em estreitar relações com as estruturas associativas locais e regionais.

Nos últimos sete anos, a partir da abertura do Museu do Côa, dedicou-se à programação cultural, imagem do Côa e exposições temporárias, colaborando com os Serviços Educativos.

O novo presidente do Conselho Diretivo da Fundação Côa Parque já tinha anunciado um conjunto de reuniões setoriais para analisar as medidas mais urgentes a tomar no Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa, descartando despedimentos.

Segundo Bruno Navarro, as medidas, no imediato, passam por rever a segurança dos núcleos arqueológicos do Parque Arqueológico do Vale do Côa e do museu, a renovação da frota de viaturas destinadas às visitas guiadas e a nomeação provisória de um diretor para o Museu do Côa, até que esteja concluído o processo de concurso público.

Para o novo presidente da fundação, “estão criadas todas as condições” para relançar o projeto arqueológico do Vale do Côa.

“Contudo, não há forma de acudir ao futuro da Fundação Côa Parque, sem haver uma injeção de capital por parte das entidades que tutelam a fundação”, frisou.

Segundo o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, a ação do Governo é fortalecida, passando a área da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior a ter representação no conselho diretivo, da fundação, em estreita articulação com os representantes da Cultura, do Turismo, do Ambiente, da autarquia local e da Associação de Municípios do Vale do Côa.

A arte rupestre do Côa, inscrita na Lista do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), desde 1998, foi uma das mais importantes descobertas arqueológicas do Paleolítico Superior em finais do século XX, em toda a Europa.

Aquando da descoberta da “Arte do Côa”, em 1994, os arqueólogos portugueses asseguraram tratar-se de manifestações do Paleolítico Superior e afirmaram estar-se perante “um dos mais fabulosos achados arqueológicos do mundo”.


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