Fundação Côa Parque inicia substituição de viaturas de visita a gravuras rupestres

A Fundação Côa Parque iniciou hoje a substituição da frota automóvel que leva os visitantes à descoberta das gravuras rupestres do Vale do Côa, num investimento que ronda os 300 mil euros até 2022.

“Nos últimos 23 anos, as visitas ao Parque Arqueológico do Vale do Côa foram asseguradas sempre com recursos às mesmas viaturas todo o terreno, e agora iniciámos a sua substituição, com a aquisição de dois novos veículos confortáveis e mais modernos, aptos para a função”, disse à Lusa o presidente da fundação, Bruno Navarro, que realçou que o número de novas viaturas vai chegar a oito.

O responsável adiantou que a substituição das viaturas todo o terreno será efetuado de forma gradual, num processo que chegará até 2022.

“Ao longo de 23 anos houve o desgaste intensivo das viaturas existentes e que chegou ao ponto de haver apenas duas viaturas para as visitas ao parque. Neste momento, estamos a reverter a situação, aproveitando o financiamento de uma candidatura ao programa Valorizar, promovido pelo Turismo de Portugal, tendo em vista melhorar as condições de visita”, indicou Bruno Navarro.

“Por outro lado, já recuperámos de formas integral quatro viaturas que já existiam no Parque Arqueológico do Vale do Côa desde 1996. Numa lógica de médio prazo, o que está previsto é a renovação gradual de toda a frota que está destinada as visitas à Arte do Côa”, concretizou o responsável.

Este processo de substituição de viaturas vai permitir, segundo os responsáveis pelas visitas ao parque, mais conforto e segurança aos visitantes, proporcionado por viaturas recentes e, assim, aumentar a capacidade de resposta ao crescente público.

“No próximo ano, está prevista a aquisição de mais duas novas viaturas, um processo que tem a ver com aumento de receitas próprias e que nos permite fazer investimentos na melhoria nas condições de acesso ao parque e, assegurando os compromissos assumidos com terceiros, acredito que até 2022 ter todo o processo concluído”, frisou Bruno Navarro.

Segundo dados fornecidos à Lusa pela fundação, até setembro de 2019 já visitaram as gravuras do Vale do Côa cerca de 69 mil visitantes.

No que respeita as receitas próprias, até final do ano a Fundação Côa Parque prevê chegar a um valor entre 330 e 350 mil euros.

A arte rupestre do Côa, inscrita na Lista do Património Mundial da UNESCO desde 1998, foi uma das mais importantes descobertas arqueológicas do Paleolítico Superior, em finais do século XX, em toda a Europa.

Aquando da descoberta da “Arte do Côa”, os arqueólogos portugueses asseguraram tratar-se de manifestações do Paleolítico Superior (de 25 mil a 30 mil anos atrás) e estar-se perante “um dos mais fabulosos achados arqueológicos do mundo”.

Desde agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa organiza visitas a vários núcleos de gravuras tais como Penascosa, Canada do Inferno e Ribeira de Piscos.

Este legado está situado no concelho de Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda, e no sítio arqueológico de Siega Verde, na vizinha província de Salamanca.


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