Francisco Assis (PS) acusa Paulo Rangel de estar “longe do país real”

O cabeça de lista do PS às europeias, Francisco Assis, acusou hoje o candidato número um da coligação PSD/CDS, Paulo Rangel, de “estar longe do país real” e entrar numa “onda de celebrações” com o fim do programa de resgate.

“O Dr. Paulo Rangel que vá celebrar com um desempregado, um jovem que teve de emigrar, um pensionista que vê o sem rendimento diminuir brutalmente, que vá celebrar com um estudante que vê a escola pública desqualificada. Não há razão nenhuma para celebrar. O Dr. Paulo Rangel está muito longe do país real e por isso mesmo é que está nesta onda de celebrações”, disse Assis aos jornalistas na Covilhã. O socialista falava no segundo dia de campanha, que começou com um contacto com a população no Fundão e prosseguiu com igual iniciativa no Fundão. O candidato número um do PS ao Parlamento Europeu advertiu para o tecido económico português, “infelizmente muito fragilizado”, e disse que as políticas do atual Governo não potenciam a criação de emprego e um sólido crescimento económico, daí não ver motivos para festejos. “Não há neste momento em Portugal nenhuma razão para festejarmos seja o que for porque o país está muito mal. O dr. Paulo Rangel parece que ainda não tomou consciência da situação em que o país se encontra”, declarou. A nível europeu, Assis reiterou a necessidade de haver “uma reorientação das prioridades de política económica”, com a promoção do emprego e inovação a surgir em “primeiro plano” nas prioridades. A acompanhar o candidato socialista nas iniciativas desta manhã esteve o presidente da federação distrital de Castelo Branco do PS, Joaquim Morão, outrora autarca da cidade. Quer no Fundão quer na Covilhã Assis e a comitiva socialista entraram em diversos estabelecimentos e apresentaram o manifesto do PS às europeias, encontrando ruas com pouca gente. “Parece que estou a fazer a rota da cereja”, disse o candidato, que na segunda-feira havia passado por Resende, terra também conhecida pela cereja. No Fundão, depois das 10 horas, Francisco Assis provou pastéis de cereja e uma cavaca, e falou, por exemplo, com duas jovens estudantes e um local de 90 anos. “Conheço-o [Francisco Assis] da televisão. Nunca o tinha visto. Não esperava era ver aqui o Joaquim Morão, foi um grande presidente da câmara”, disse à agência Lusa um outro local. A comitiva socialista almoça hoje em Belmonte, avançando de tarde para Meda e fechando o dia na Guarda.


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