FMI admite flexibilizar défice se crescimento defraudar

Ritmo de ajustamentos nos periféricos só será “revisitado” se crescimento ficar aquém do esperado. Em conferência de imprensa em Washington, a propósito do ‘World Economic Outlook’, hoje publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o economista Jörg Decressin afirmou que “o ajustamento orçamental vai ser mais lento do que foi no passado”, defendendo que só se […]

Ritmo de ajustamentos nos periféricos só será “revisitado” se crescimento ficar aquém do esperado.
Em conferência de imprensa em Washington, a propósito do ‘World Economic Outlook’, hoje publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o economista Jörg Decressin afirmou que “o ajustamento orçamental vai ser mais lento do que foi no passado”, defendendo que só se o crescimento for pior do que o esperado é que será equacionado um ritmo mais amplo para cumprir as metas orçamentais. “A extensão de maturidades que foi garantida é a apropriada e só se o crescimento desapontar é que essa questão vai ser revisitada”, disse Jörg Decressin, do Departamento de Estudos do FMI, em resposta a uma pergunta sobre se os países periféricos da zona euro, incluindo Portugal, poderão precisar de mais tempo para a consolidação orçamental. No documento hoje publicado, com a atualização das projeções macroeconómicas, o Fundo estima que a zona euro contraia 0,4% este ano, registando um crescimento de 1% em 2014. Para Portugal, é esperada uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,8% em 2013 e um crescimento de 0,8% em 2014, em linha com as previsões apresentadas pelo Governo na semana passada. O Fundo (que faz parte da ‘troika’, a par do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia) incorpora no ‘World Economic Outlook’ hoje publicado (com as previsões para a economia mundial) os traços base do novo cenário macroeconómico que saiu da oitava e nona avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) a Portugal. Nesta última avaliação, a ‘troika’ manteve as metas para o défice já definidas na anterior revisão regular ao programa: 5,5% este ano e 4% em 2014.

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