O anúncio hoje publicado em Diário da República também fixa a respetiva Zona Especial de Proteção Provisória (ZEPP) do local situado na área da União das Freguesias de São Pedro, Santa Maria e Vila Boa do Mondego, no concelho de Celorico da Beira.
Segundo o despacho do Diretor-geral do Património Cultural, Nuno Vassallo e Silva, os elementos relevantes do processo estão disponíveis nas páginas eletrónicas da Direção-Geral do Património Cultural (www.patrimoniocultural.pt), da Direção Regional de Cultura do Centro (www.culturacentro.pt) e da Câmara Municipal de Celorico da Beira.
A abertura do procedimento de classificação da Estação Arqueológica de São Gens foi proposto pela Direção Regional de Cultura do Centro.
Os interessados poderão reclamar ou interpor recurso hierárquico do ato que decide a abertura do procedimento de classificação e a fixação da ZEPP, “nos termos e condições estabelecidas no Código do Procedimento Administrativo, sem prejuízo da possibilidade de impugnação contenciosa”, refere a publicação.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Celorico da Beira, José Luís Cabral, disse à agência Lusa que o anúncio hoje publicado é mais uma etapa do processo de classificação daquele sítio arqueológico como monumento de interesse público.
“É de todo o interesse da autarquia a classificação do local”, disse, referindo que a sua classificação garante “mais qualidade” à oferta turística concelhia.
O autarca referiu que quando a Estação Arqueológica de São Gens estiver classificada a autarquia definirá “outras metas” para que o local possa ser apresentado como “um produto de qualidade” aos visitantes daquele município do distrito da Guarda.
O sítio arqueológico de São Gens “é conhecido desde há muito como um sítio com uma importante ocupação Alto Medieval, sendo aí conhecida uma das maiores necrópoles rupestre da região (54 sepulturas)”, segundo informação da Câmara Municipal de Celorico da Beira.
“Para além destes vestígios funerários existe aí uma fortificação, do tipo roqueiro, igualmente de cronologia alto medieval, que não coincide em termos espaciais com a necrópole.
Entre esta e o povoado medieval e este e o rio Mondego foram identificadas várias áreas de dispersão de vestígios à superfície que nos remetem para a ocupação deste local também em período romano”, acrescenta a fonte.