Eixo Atlântico reúne autarcas e peritos para debater recuperação

O Eixo Atlântico é uma associação que reúne 36 municípios do Norte de Portugal e da Galiza.

O Eixo Atlântico reúne, a 17 de setembro, em Pontevedra, autarcas e especialistas internacionais para debater, na primeira conferência pós-covid-19, a recuperação da crise pandémica e as políticas a desenvolver para prevenir os efeitos de futuras crises.


Em comunicado, o Eixo Atlântico refere que “é a primeira vez” que na Península Ibérica, tanto em Espanha como em Portugal, os 31 presidentes de câmara dos dois países assumem conjuntamente a liderança do processo, reunindo-se para procurar soluções comuns e complementares para “a maior crise que a Europa viveu desde a segunda guerra mundial”.

Da conferência, que terá lugar em Pontevedra e que contará com a presença de vários peritos internacionais, resultará um documento que servirá de base a uma proposta a apresentar aos Governo de Portugal, Espanha e à Junta da Galiza, e cujas ideias podem ser incluídas nas políticas de reconstrução.

Simultaneamente, este documento, servirá como roteiro para os municípios, contribuindo para formulação de soluções de forma conjunta e complementar, “evitando a dispersão, a duplicação”, ou “o confronto numa etapa em que é imprescindível uma gestão coordenada da crise”.

Em comunicado, o Eixo Atlântico salienta que os municípios tiveram um papel determinante na gestão da pandemia garantindo os serviços essenciais à população durante o confinamento.

Para aquela entidade, a crise permitiu identificar “aspetos inéditos” que devem ser considerados “prioritários” na nova etapa que se inicia, nomeadamente no que se refere à mobilidade, reforçando as políticas públicas de incremento do transporte público, coletivo com vista à redução do uso de veículos individuais.

A pandemia confrontou ainda a Península Ibérica, com a “excessiva” dependência de países terceiros, especialmente do sudeste Asiático, na produção de bens e sublinhou a necessidade de reforço dos serviços saúde públicos e de correção dos défices de investimento na área da investigação.

Em face destes novos desafios, os autarcas e peritos internacionais irão focar-se em alguns eixos fundamentais, nomeadamente a criação de emprego, a aposta na investigação e inovação, o reforço das políticas sociais com base no empreendedorismo por oposição aos “subsídios populistas”, e ainda o reforço das políticas de saúde pública, da educação e das políticas ambientais.

Entre os especialistas internacionais que, segundo o Eixo Atlântico, já confirmaram a sua presença,estão o ex-Comissário Europeu de Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, e o deputado do Bloco de Esquerda José Soeiro.

Maria João Rauch, consultora da OCDE, Andoni Aldekoa professor Convidado da universidade George Washington, são entre outros, alguns dos nomes já confirmados, a que se juntam, por videoconferência, nomes como Miguel Poiares Maduro, ex-ministro de Desenvolvimento Regional e diretor do Instituto de Estudos Europeus de Florencia, ou Joaquim Oliveira Martins, Diretor Adjunto do Centro de Empreendedorismo, PME, Regiões e Cidades da OCDE.

O Eixo Atlântico é uma associação que reúne 36 municípios do Norte de Portugal e da Galiza.


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