Politécnico de Castelo Branco aprova orçamento de 14,5 M€ para 2016

O Conselho Geral do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) aprovou esta quarta-feira o plano de atividades e o orçamento para 2016, no valor de 14,5 milhões de euros, menos 1,3 milhões do que no ano passado.

“Em relação ao orçamento de execução de 2015 e ao orçamento de previsão de 2016, temos de facto esse diferencial [1,3 ME]”, disse o presidente do IPCB, Carlos Maia.

Este responsável explicou que a “grande questão” que preocupa a instituição é o défice orçamental.

“À semelhança do que vem sendo hábito, temos ali um défice que vai necessitar de um reforço orçamental no sentido de conseguirmos cumprir os nossos compromissos que decorrem estritamente do cumprimento da lei”, adiantou.

Sublinhou ainda que se trata de um “défice muito grande” que a instituição não tem capacidade de suportar através das receitas próprias.

“Estamos a falar do Orçamento do Estado, depois há as receitas próprias, mas aquilo que a instituição consegue cobrar de receita própria não consegue cobrir esta diferença que existe em relação ao ano anterior”, sublinhou.

Carlos Maia explicou ainda que no ano passado o IPCB teve reforços, como já aconteceu há dois e três anos.

“A instituição está sistematicamente desequilibrada, tal como todas as outras. Como não temos saldos, temos esta necessidade”, disse.

Esta situação obriga a uma gestão ainda mais rigorosa, mas a instituição, desde que começou a ficar com défice, já tomou medidas para reduzir os custos.

“Já só temos um administrador. Legalmente, pertence um administrador para o instituto e outro para a Ação Social. Centralizamos os serviços académicos para reduzir custos e aumentar a eficiência. Portanto, já não há grandes medidas para implementar. Já não há gordura para cortar, estamos no músculo e no osso”, concluiu.

O presidente do IPCB disse que a instituição está a trabalhar em linhas de investigação para se poder candidatar a fundos estruturais.

“Essa poderá ser, de facto, a fonte de financiamento que vai colmatar o défice que as instituições de ensino superior têm, o IPCB e todas as outras. É também por aí que queremos ir. Não queremos estar só à espera da verba do Ministério, temos a obrigação de procurarmos verbas próprias”, sustentou.

A investigação ligada ao meio empresarial e o estímulo ao aparecimento de linhas de investigação associadas às empresas da região são eixos estratégicos em que o IPCB está a apostar.


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