Dez mil combatentes para travar chamas

Governo investiu este ano 85 milhões de euros no combate aos fogos. Há 49 meios aéreos.

Nunca como este ano se investiu tanto no combate aos incêndios florestais. No total, são 85 milhões de euros para meios materiais e humanos, mais 14 milhões de euros do que em 2013. Apesar de algum equipamento dos bombeiros ainda estar em falta, um atraso provocado por problemas burocráticos em concursos, parece estar tudo pronto para amanhã arrancar a fase Charlie, a época mais crítica. Entre amanhã e 30 de setembro, vão estar operacionais cerca de dez mil homens e mulheres, integrados em 2220 equipas. Para ajudar a evitar a tragédia do ano passado, em que morreram oito bombeiros e um autarca, cada elemento vai receber um guia onde constam as regras básicas de segurança. Para ajudar os combatentes vão estar no terreno 2027 veículos e 49 meios aéreos. A pergunta que se põe nesta altura é saber se com todo este investimento o País está preparado para fazer frente aos incêndios de verão. “Tudo dependerá sobretudo das condições climatéricas”, garantem os comandantes de bombeiros. Para já, a estatística demonstra que entre 1 de janeiro e 15 de junho, registaram-se 2713 ocorrências de fogo, mais 389 do que em 2013. Nesse período, as chamas destruíram 4424 hectares, mais 48% do que no ano passado. Segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, os distritos com mais área ardida são Guarda (871 hectares), Viana do Castelo (811) e Braga (645). Em 2013, os fogos consumiram mais de 145 mil hectares e foi o mais negro da última década. Outro dos fatores que determinarão o sucesso do combate é o número de criminosos a atear incêndios. Neste aspeto, a PJ anunciou ter detido 20 pessoas suspeitas entre 1 de janeiro e a passada sexta-feira, o triplo de 2013.


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