“Face à redução drástica das vendas das queijarias nossas associadas, registamos uma quebra superior a 60% e estamos a entrar numa fase crítica da nossa atividade. Caso não seja efetuada uma inflexão agora, durante o mês de dezembro, com as vendas do Natal, no limite, todo o circuito associado à produção do queijo Serra da Estrela DOP pode ser posto em causa”, alertou a direção daquela associação, com sede em Celorico da Beira, distrito da Guarda.
Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, esta associação com sede em Celorico da Beira, distrito da Guarda, explicou que a situação está relacionada com o cancelamento das múltiplas feiras e eventos em todo o país, que noutros anos “garantiam vendas significativas”.
“Com a atual crise pandémica, a grande maioria dos pastores, dos produtores de leite e queijo da Serra da Estrela estão a braços com uma crise sem precedentes”, afirmou a Estrelacoop, explicando que “há excesso de produto e matéria-prima resultante do decréscimo de escoamento nos canais de vendas e divulgação”.
Lembrando que há 27 queijarias com selo DOP e 125 pastores com rebanhos na Serra da Estrela totalmente dependentes da atividade, aquela associação ressalvou o “papel crucial” dos consumidores no momento da compra e deixou um apelo para que estes optem pelo produto com selo DOP e que o juntem nas suas mesas de Natal.
“Ao comprarmos este queijo, temos a certeza de que esta cadeia de valor composta por pastores, queijeiras/os credenciados e produtores não se perde e que a qualidade, essa, prevalece”, fundamenta.
A região demarcada de produção do Queijo Serra da Estrela abrange 18 municípios, como Guarda, Fornos de Algodres, Celorico da Beira, Gouveia, Manteigas, Seia, Trancoso, Oliveira do Hospital, Nelas, Penalva do Castelo, Mangualde e Covilhã.
A cooperativa Estrelacoop é a entidade gestora da Denominação de Origem Protegida (DOP) do Queijo Serra da Estrela, que só pode ser produzido com leite de ovelha das raças Serra da Estrela ou Churra Mondegueira.