Em declarações à agência Lusa, o presidente da UDIPSS da Guarda, Rui Reis, pediu “celeridade na vacinação em face daquilo que é a realidade do interior do país e com base nos últimos surtos registados no distrito”, destacando os casos mais recentes ocorridos em lares de idosos dos concelhos de Mêda, Pinhel e Fornos de Algodres.
“Seria importante que fosse dado mais ênfase ao interior, pelo grande número de idosos que existem nas Instituições Particulares de Solidariedade Social. Quer a Segurança Social, quer a Saúde fizeram o levantamento e estão a pedir dados [sobre o número de utentes e de funcionários de cada instituição de apoio a idosos do distrito da Guarda], mas era importante que as vacinas viessem para o terreno”, disse o dirigente.
Rui Reis referiu que a UDIPSS da Guarda está preocupada com os surtos registados nos últimos dias em lares de idosos da região.
Por isso, considerou “importante que se vacinasse o maior número de idosos que estão institucionalizados”.
“Até ao momento não foram vacinados idosos nem funcionários das instituições do distrito, embora estejam a ser tomadas medidas para que isso aconteça, mas pede-se rapidez no processo”, vincou.
O responsável teme que a vacinação contra a covid-19 chegue tarde à região e que, “atendendo às questões da interioridade, os grandes centros sejam contemplados mais rapidamente do que as zonas do interior [do país], onde há um grande número de idosos e inúmeros casos de infetados nas instituições de cariz social”.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.869.674 mortos resultantes de mais de 86,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 7.377 pessoas dos 446.606 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.