Conclusão da Linha da Beira Baixa até 2020

Garantia foi deixada na Guarda pelo presidente da REFER que salientou que o tráfego «não pode ser interrompido».

«As alterações que houver na Linha da Beira Alta deverão ter que ser coincidentes com o facto de que o tráfego não pode ser interrompido, pelo que temos que ter a garantia de que a Linha da Beira Baixa está a funcionar». O presidente do Conselho de Administração da REFER – Rede Ferroviária Nacional esteve na Guarda na última segunda-feira, onde liderou uma comitiva que avaliou “in loco” as condições de exploração da Linha da Beira Alta e realçou que até 2020 as intervenções nas duas infraestruturas ferroviárias terão de estar concluídas, sob pena de se perderem fundos comunitários.

No final da viagem técnica à Linha da Beira Alta, Rui Lopes Loureiro afirmou aos jornalistas que «gostaria que a [intervenção na] Linha da Beira Baixa fosse ligeiramente à frente, para garantir que se eu tiver que parar a Linha da Beira Alta possa, efetivamente, fazer o tráfego através da Linha da Beira Baixa». Recorde-se que as duas linhas ferroviárias estão incluídas no Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI) recentemente aprovado pelo Governo, estando a intervenção na Linha da Beira Alta orçada em cerca de 900 milhões de euros e a da Beira Baixa em aproximadamente 80 milhões. O responsável adiantou que a Linha da Beira Alta está «relativamente problemática», frisando que «temos que modificar bastantes áreas de curvas e de pendentes, eventualmente com algumas variantes, especialmente na zona da Guarda». Contudo, Rui Lopes Loureiro advertiu que «qualquer modificação que haja na Linha da Beira Alta tem que estar em conjunto com aquilo que se vai fazer na Linha da Beira Baixa, porque são linhas alternativas e se por qualquer motivo tivermos que interromper o tráfego temos que ter soluções para a passagem de internacionais».

Neste sentido, a REFER pretende «fazer o planeamento da Linha da Beira Baixa juntamente com a Linha da Beira Alta», sendo que a intervenção no troço entre a Guarda e a Covilhã será realizada com o objetivo de procurar «qualificar a linha para as especificações internacionais». Na Linha da Beira Alta estão previstos, entre outros projetos, «vários troços de linha nova desde a Pampilhosa até Vilar Formoso» sem estarem «muito afastados da linha atual», frisou o presidente da REFER. Rui Lopes Loureiro indicou que «se queremos garantir o financiamento comunitário tudo tem que que estar pronto até 2020».

Passagem de nível da Quinta das Bertas automatizada até final do ano
Nesta visita à Guarda, o presidente do CA da REFER garantiu que a passagem de nível da Quinta das Bertas, que no último ano registou dois acidentes com veículos automóveis, que originaram dois mortos e um ferido ligeiro, será automatizada no último trimestre deste ano. Rui Lopes Loureiro assegurou que «a automatização está prevista para princípio do último trimestre do ano. Lá para setembro, temos a passagem de nível eletrificada». Outra solução para o local passa pela construção de uma variante, que está a ser estudada pela Refer e pela Câmara da Guarda, sendo que essa obra permitirá «definitivamente ter o problema resolvido».


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