O CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, teve início no passado dia 8 de outubro, em Seia, e encerra-se hoje, 15 de outubro, com a cerimónia de entrega de prémios e diversas atividades paralelas.
Durante o dia de hoje, ainda será possível conhecer o filme de animação extracompetição “Galilebre e o Templo Perdido”, da autoria de Ben Stassen e Benjamin Mousquet, no Cineteatro da Casa Municipal da Cultura de Seia, pelas 11h00.
A cerimónia de entrega de prémios aos vencedores está agendada para as 17h00, no Auditório da Casa Municipal da Cultura de Seia.
Nesta sessão o júri irá atribuir prémios na competição Internacional de Longas-Metragens, Internacional de Curtas-Metragens, Séries e Reportagens Televisivas, Longas-Metragens em Língua Portuguesa, Curtas-Metragens em Língua Portuguesa e Panorama Regional.
Para além destes momentos, o festival conta ainda com as exposições “Rostos da Aldeia” e “Olhar(es) em Trânsito”, nas galerias e no foyer do auditório da Casa Municipal da Cultura de Seia, e a instalação de arte “Casafloresta” na Sala da Casa Municipal da Cultura de Seia, entre as 10h00 e as 18h00.
O festival que decorre na Casa Municipal da Cultura de Seia e no CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela já ganhou grande prestígio internacional, concorrendo habitualmente mais de 600 documentários, oriundos de mais de 30 países.
O formato do certame assenta num conjunto de atividades desenvolvidas ao longo de 8 dias e nelas se incluem diversas atividades paralelas, como conferências, concertos, workshops, exposições, para além da secção competitiva e vários ciclos de cinema.
Na competição internacional de longas-metragens, figuram 11 filmes, entre eles “EO”, do veterano polaco Jerzy Skolimowski, que se inspira no clássico “Au Hasard Baltazar”, de Robert Bresson, para observar o mundo pelos olhos de um burro, que é alvo de maus-tratos.
Tribos na Papua Nova Guiné presas entre rivalidades de clãs, políticos corruptos e multinacionais “aparentemente cínicas”, uma árvore centenária que atravessa o Mar Negro para viver o resto dos seus dias no jardim de um milionário, uma jovem da Costa do Marfim que é obrigada a abandonar a sua ilha, na Costa do Marfim, devido à subida do nível da água do mar, a luta de povos indígenas no Brasil ou a devastação provocada pela indústria do carvão nos Estados Unidos são outras das propostas para a mesma competição.
Já na competição internacional de curtas-metragens participam 26 filmes documentais e de ficção de países como o Irão, Senegal, Chile, Rússia ou Austrália, entre outros, referiu a organização.
A seleção de séries e reportagens televisivas irá incluir 11 trabalhos que abordam temas como a agricultura intensiva, a educação ecológica subaquática, o degelo ou o papel das abelhas.
Nas competições de longas-metragens em língua portuguesa, figuram quatro obras de Portugal e do Brasil, e na de curtas 13 filmes.
O CineEco é o único festival de cinema em Portugal, dedicado à temática ambiental, no seu sentido mais abrangente, que se realiza em Seia, anualmente em outubro e de forma ininterrupta, desde 1995, por iniciativa do Município de Seia, contando com o alto patrocínio do Presidente da República e do Departamento de Ambiente das Nações Unidas.
