Cimeira Ibérica: Guarda “ficou a ganhar” com ato político “da maior importância”

Os governos de Portugal e de Espanha aprovaram, no sábado, a Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço (ECDT) na 31.ª Cimeira Luso-Espanhola realizada na cidade mais alta do país.

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, considerou ontem, à tarde, que a Cimeira Luso-espanhola realizada no sábado naquela cidade foi um ato político “da maior importância” e “a Guarda ficou a ganhar”.

“A Cimeira Ibérica foi, de facto, um ato político que ocorreu na Guarda, da maior importância. E digo da maior importância, independentemente daquilo que é o resultado das propostas e das conclusões tidas”, disse o autarca aos jornalistas no final da reunião quinzenal do executivo da câmara, onde o assunto foi abordado.

Os governos de Portugal e de Espanha aprovaram, no sábado, a Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço (ECDT) na 31.ª Cimeira Luso-Espanhola realizada na cidade mais alta do país.

Em relação a decisões que integram a ECDT, Carlos Chaves Monteiro observou que não foram anunciados projetos como a instalação de um Porto Seco, nem a criação de uma zona económica exclusiva na região da Guarda, como gostaria, “mas também outras regiões do país não viram anunciados projetos que consideravam determinantes para o seu desenvolvimento”.

“Não se fez uma cimeira para se vir dizer o que é bom para a Guarda. Não. Fez-se uma cimeira para se dizer o que é que é bom para Portugal e para Espanha, sendo que é preciso uma política de convergência em projetos comuns”, justificou.

O autarca acrescentou que o encontro, que foi liderado pelos chefes dos governos de Portugal e de Espanha, António Costa e Pedro Sánchez, respetivamente, teve no foco da agenda “projetos nacionais e transfronteiriços” que ajudem a alavancar o território transfronteiriço.

“Com certeza que gostaríamos de ir mais longe, que a Guarda fosse mais destacada do ponto de vista do benefício de novos projetos, e esta região das Beiras e Serra da Estrela, mas diria que foi o possível”, frisou.

Segundo Carlos Chaves Monteiro, a 31.ª Cimeira Luso-espanhola também permitiu a sua proximidade com alguns dos ministros do Governo português e o tratamento de assuntos como a instalação do comando da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR e do Arquivo Nacional do Registo Automóvel e a requalificação do terminal rodoferroviário, entre outros.

O autarca, do PSD, referiu ainda que durante a iniciativa a Guarda “foi apreciada” do ponto de vista urbano, pela localização e pelas infraestruturas que possui.

“Dentro daquilo que era plausível, a Guarda ficou a ganhar. Não ganhou tudo neste processo, mas posicionou-se, demonstrou que sabia o que queria e, agora, é obter compromissos”, concluiu.

Os dois vereadores do PS no executivo municipal da Guarda, Cristina Correia e Manuel Simões, congratularam-se com a realização da Cimeira Ibérica na cidade.


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