Câmara da Guarda discorda de eventual redução de portagens só para pesados

O presidente da Câmara da Guarda disse hoje que discorda de uma eventual redução do preço das portagens em algumas das ex-scut apenas para os transportes pesados de mercadorias, deixando de fora os veículos ligeiros.

O Jornal de Notícias (JN) noticiou, na segunda-feira, que os pesados de mercadorias passarão a ter uma redução de pelo menos 30% no valor das portagens nas antigas scut (vias sem custos para o utilizador) do interior e do Algarve (A22, A23, A24, A25 e A4) e que a medida será aprovada em breve em Conselho de Ministros.

Em declarações à agência Lusa, o autarca social-democrata Álvaro Amaro, diz que “era bom que o Governo ponderasse” a redução do preço das portagens, sem ser apenas para os veículos pesados de transportes de mercadorias.

“É sempre importante olharmos para uma parte da economia, mas é preciso olhar para a economia no seu todo”, defende o presidente do município da Guarda, que também é o líder dos Autarcas Social-Democratas.

Para Álvaro Amaro, “sendo importante diminuir custos de contexto”, importa não esquecer os veículos ligeiros de mercadorias e também os “transportes ligeiros de pessoas”.

O autarca lembra que “sempre disse que era importante uma fortíssima redução, por uma questão de justiça, justiça territorial, por uma questão de coesão do território, uma fortíssima redução no preço das portagens” nas antigas scut.

“Agora, se de facto o Governo se prepara para reduzir em 30% apenas na questão dos transportes pesados, estamos falar de uma parte muito importante da economia, porque aqui se faz muita economia com ligeiros de mercadorias. Então e esses não têm redução?”, questiona.

Acrescenta que no Interior “se faz muita economia, num setor que é, de resto, uma alavanca hoje importante da economia nacional que é o turismo, com transportes ligeiros de pessoas. Então e estes não têm redução?”, afirmou à Lusa.

Ainda de acordo com o JN, a redução das portagens nas ex-scut para os veículos pesados de mercadorias surge na sequência de um conjunto mais alargado de medidas do Governo destinadas a beneficiar o interior do país.


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