Câmara da Guarda considera que centro de competências da economia social é “fundamental” para fortalecer setor

O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, considerou esta terça-feira que a instalação, naquela cidade, do centro de competências da economia social é “mais uma peça fundamental” para o fortalecimento deste setor no território.

“As peças do puzzle estão-se a encaixar. Foi mesmo um dos desígnios da nossa candidatura, foi uma aposta forte na economia social. E, este centro de competências para a inovação social, encaixa perfeitamente, é mais uma peça fundamental no caminho do fortalecimento da economia social no nosso território”, disse esta terça-feira à agência Lusa o autarca independente (Movimento Pela Guarda).

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, anunciou hoje a assinatura de um acordo entre todos os parceiros do Conselho Nacional da Economia Social, para garantir que, à semelhança do que já acontece em sede de Concertação Social, exista um entendimento para a formação na economia social.

De acordo com a ministra, trata-se de um acordo para identificar as necessidades de formação específicas na economia social, que inclui a criação de um centro de competências dedicado a este setor e à inovação social, algo que acontece pela primeira vez.

“A ideia é que o centro de competências defina currículos e programas de capacitação de formação, investigação, de conhecimento, em torno do setor social, seja para desenvolver novas respostas, seja para desenvolver programas de formação para dirigentes, seja para desenvolver programas de formação para trabalhadores, que no fundo depois sejam disseminados por toda a rede IEFP [Instituto de Emprego e Formação Profissional]”, explicou Ana Mendes Godinho.

O centro de formação para o setor e a economia social irá ficar instalado na Guarda e será gerido numa parceria entre o IEFP, a Cooperativa António Sérgio e o Centro de Estudos Ibéricos (CEI) da Guarda.

Este centro de competências da economia social é um dos cinco centros protocolados esta terça-feira, no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), com um investimento previsto de cerca de 60 milhões de euros.

O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, referiu à Lusa que o projeto pretende a criação de serviços para que sejam criados postos de trabalho e ajudar a economia social da região e do país.

“E, produzirmos, a partir daqui [da Guarda], formação profissional ligada a todo este setor”, indicou.

O autarca disse que se sente “satisfeito” com a decisão que permite colocar na Guarda o centro de competências para a inovação social, um projeto que considera “muito importante” para a região, para o país e para a União Europeia e que “poderá dar cartas, nos próximos nove/dez anos” no setor.

Sérgio Costa lembrou que propôs à ministra Ana Mendes Godinho associar o CEI ao projeto, “uma instituição que existe há mais de 20 anos” e que é da poucas do país com “um cariz ibérico”.

O CEI é uma associação transfronteiriça criada a partir de um desafio lançado pelo ensaísta Eduardo Lourenço – que nasceu em 23 de maio de 1923, em São Pedro do Rio Seco, no concelho de Almeida, distrito da Guarda, e morreu no dia 01 de dezembro de 2020, com 97 anos -, na sessão solene comemorativa do Oitavo Centenário do Foral da Guarda, em 1999.

Surgiu em resultado de uma parceria que envolveu inicialmente a Câmara Municipal da Guarda e as universidades de Coimbra e de Salamanca (Espanha) e, mais tarde, o Instituto Politécnico da Guarda.


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