Biblioteca Municipal da Guarda evoca vida e obra do poeta António Ramos Rosa

O ciclo dedicado a António Ramos Rosa termina no dia 20 de outubro, às 18 horas, com a projeção do documentário “António Ramos Rosa: estou vivo e escrevo o sol”.

A Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL), da Guarda, anunciou hoje que no mês de outubro vai evocar a vida e a obra do poeta António Ramos Rosa, com exposições, uma conferência, um recital e um documentário.
O programa de homenagem a António Ramos Rosa (1924 – 2013) começa na terça-feira com a exposição “Rostos da escrita”, constituída por desenhos da sua autoria, e com a mostra bibliográfica “Os livros de António Ramos Rosa”, na qual podem ser apreciados “diversos livros e alguns esquissos do autor”, segundo a BMEL.
No dia 13, às 21:30, o escritor e investigador Jorge Maximino proferirá uma conferência sobre “Imaginário e silêncio na poesia de António Ramos Rosa”.
A organização refere, em comunicado hoje enviado à agência Lusa, que Jorge Maximino pretende “abordar a problemática do silêncio naquela que é uma das obras poéticas contemporâneas portuguesas mais traduzidas e cujo autor teve também um lugar de destaque pelo excelente ensaísmo que legou e pela sua intervenção teórica e crítica no panorama literário europeu”.
As iniciativas dedicadas ao poeta prosseguem no dia 18 de outubro, às 21:30, com um recital, onde Pedro Lamares dará voz aos poemas de Ramos Rosa.
“Para além de apresentar o programa ‘Leitura Agora’ da RTP, Pedro Lamares dedica-se a espetáculos e recitais de poesia, participando em festivais nacionais e internacionais”, lembra a BMEL.
O ciclo dedicado a António Ramos Rosa termina no dia 20 de outubro, às 18:00, com a projeção do documentário “António Ramos Rosa: estou vivo e escrevo o sol”, realizado por Diana Andringa.
“A obra poética de António Ramos Rosa, publicada a partir da segunda metade do século XX, ocupa um lugar central na poesia contemporânea, tendo-se tornado uma obra paradigmática da modernidade poética em Portugal”, refere a biblioteca da Guarda.
Segundo a fonte, Ramos Rosa escreveu dezenas de livros de poesia, alguns dos quais mereceram a atribuição de vários prémios, entre os quais o “Prémio Fernando Pessoa”, em 1988.
Além do Prémio Pessoa, Ramos Rosa recebeu outros galardões, como o Prémio Associação Portuguesa de Escritores (APE) em 1989, o Grande Prémio Internacional de Poesia, em 1990, no âmbito dos Encontros Internacionais de Poesia de Liège.
Em 2006, foi distinguido com o prémio PEN Clube Português, com o Grande Prémio de Poesia da APE pela obra “Génese” e com o prémio Luís Miguel Nava.
Foi crítico literário, cofundador da revista Árvore e codiretor das revistas Cassiopeia e Cadernos do Meio-Dia e, a par da poesia, também desenhava.
Da vasta obra poética premiada faz parte “Sobre o Rosto da Terra”, “Estou Vivo e Escrevo Sol”, “A Construção do Corpo”, “A Pedra Nua”, “Ciclo do Cavalo”, “O Incêndio dos Aspectos”, “Figuras solares”, “O que não pode ser dito” e “Génese seguido de Constelações”.

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