Autárquicas/Guarda: Carlos Chaves Monteiro (PSD) quer “continuar a transformar o concelho”

O PSD candidata pela primeira vez o atual presidente da Câmara da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, que substituiu Álvaro Amaro quando este foi para o Parlamento Europeu, para tentar segurar a liderança da autarquia e “continuar a transformar o concelho”.

Com a candidatura, Carlos Chaves Monteiro, de 52 anos, advogado, natural da cidade, pretende manter a liderança da maior Câmara do distrito da Guarda, que o PSD conquistou aos socialistas há oito anos.

Quer também continuar a conduzir o concelho “para um grande ciclo de aumento da qualidade de vida dos seus habitantes”.

O autarca, que está na liderança do executivo desde abril de 2019, ocupando até então o cargo de vice-presidente, vai pela primeira vez a votos, mas diz à agência Lusa que, a ser eleito, as suas “prioridades estratégicas estão concentradas no triângulo Atração de investimento – Aposta na inovação e educação – Dar vida ao centro da cidade”.

“A Guarda não pode voltar a parar ou a andar para trás: estamos a meio do maior ciclo de crescimento que a Guarda teve em toda a sua história. A prioridade é manter o ritmo e aproveitar as oportunidades que o período pós-pandemia nos irá proporcionar”, vinca.

O advogado tem “um passado de intervenção cívica frequente”, mas só se tornou politicamente ativo quando Álvaro Amaro o convidou para ser o seu ‘número dois’ na lista para a Câmara da Guarda em 2013.

“Sou um militante de base que a Comissão Política Distrital e o partido nacional consideraram ter a visão, o projeto e as qualidades executivas e políticas adequadas para vencer as eleições autárquicas na Guarda e continuar a desenvolver o concelho e a cidade como até aqui”, diz.

Carlos Chaves Monteiro lembra que, com a liderança do PSD, a autarquia “ultrapassou em definitivo a fragilidade financeira e os erros políticos do passado, tendo reduzido o peso da dívida, dos impostos e das taxas municipais”.

“O município abandonou os padrões de estagnação das décadas anteriores e lançou a nova dinâmica que o está a conduzir num ciclo virtuoso de aumento de qualidade de vida, quer na cidade, quer nas freguesias rurais. É preciso preservar esta dinâmica e este espírito de desenvolvimento”, defende.

A ser eleito presidente, a primeira medida a tomar seria relacionada com “os investimentos autárquicos que tornem o Porto Seco da Guarda numa realidade tão cedo quanto possível”, pois será “um fator estrutural de desenvolvimento”.

“A Câmara tem os terrenos, tem a vontade política e tem os meios financeiros para fazer quanto antes a sua parte do projeto”, refere.

Quanto às bases do seu programa, o candidato diz ser preciso manter o rumo que, nos últimos anos, levou para a Guarda “mais de 100 milhões de euros de investimento e criou mais de 500 novos empregos diretos”.

“É preciso preservar a confiança de investidores e de empresários que, só neste ano de 2021, vão criar na Guarda mais de 900 postos de trabalho diretos em indústrias de tecnologias inovadoras”, sublinha.

Entre outras referências, é necessário, indica, “continuar a atrair investimentos em meios de transporte ligados à mobilidade elétrica e novas unidades de indústria automóvel”, e “apoiar as gerações mais jovens com vocação empresarial agrícola”.

Destaca também os Passadiços do Mondego, que serão completados “com o projeto de ligação da cidade da Guarda ao maciço central da serra da Estrela”, e a candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027, “um projeto central para a afirmação da cidade no espaço nacional e transfronteiriço”.

A continuar na liderança do executivo, a sua atitude, em relação à oposição, “será sempre de respeito pela democracia, pelos seus mecanismos, pelos seus processos”.

Carlos Chaves Monteiro, que foi dirigente associativo de 2007 a 2013, tem como passatempos a corrida e o futebol, e também gosta “muito de passear e de fazer viagens turísticas com a família”.

“Também tenho um fraquinho por tertúlias com amigos, as quais, infelizmente, foram interrompidas pela pandemia”, afirma.

Licenciou-se em Direito pela Universidade Lusíada de Lisboa e exerceu advocacia na Guarda entre 1995 e 2013. Foi formador em diferentes áreas e assessor jurídico no Instituto da Juventude. Em 1999, foi sócio fundador de uma socidade de prestação de serviços.

Em 2017, O PSD obteve na Guarda 61,20% dos votos e cinco mandatos autárquicos, e o PS obteve 23,35% e elegeu dois vereadores.


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