Autárquicas: Chega candidata Francisco Dias à Câmara da Guarda

Para Francisco Dias, “há que arrumar a casa, para se criar uma cultura organizacional sã”, observando que “a desmotivação é constante e não existe meritocracia.

O gestor Francisco Dias é o candidato do Chega à presidência da Câmara Municipal da Guarda, que promete trabalhar pela defesa dos interesses da cidade que “tem vindo, aos poucos, a perder a centralidade do Interior Centro”.

“Decidi concorrer à presidência da Câmara Municipal da Guarda pelo Chega, por ser, neste momento, o único partido que diz o que pensa, não se importando com o politicamente correto. Mas, mais importante, pela defesa dos interesses da minha terra, Guarda, que tem vindo, aos poucos, a perder a centralidade do Interior Centro, fruto das políticas meramente eleitoralistas dos mandatos de partidos convencionais PS e PSD”, disse hoje o candidato à agência Lusa.

Francisco Dias, de 61 anos, considera que a Guarda “foi ultrapassada em todas as vertentes” pelas cidades da Covilhã, do Fundão e de Castelo Branco, entre outras.

“Nunca se tirou proveito da posição estratégica do concelho como sendo a principal entrada e saída da Europa, estar a 70 quilómetros da Serra da Estrela e a 100 quilómetros da região do Douro, zona de turismo por excelência. As sucessivas gestões não desenvolveram o tecido empresarial na cidade, sendo a Câmara obrigada a absorver a mão-de-obra sobrante, tendo 600 colaboradores, que é um péssimo indicador económico para o concelho”, considera.

O candidato do Chega, licenciado em Gestão de Empresas e técnico superior no município, diz que “não promete nada, a não ser trabalho, dedicação, rigor e transparência”, alegando que “fartos de promessas estão os Guardenses”.

No entanto, a ser eleito presidente da autarquia, será “um presidente do terreno, que constantemente auscultará as opiniões dos Guardenses”.

“Efetuar um diagnóstico da situação provocada pela pandemia, que continua, e ajudar as famílias e empresas, porque sem tal medida não haverá megaprojetos, nomeadamente Porto Seco e candidatura a Capital da Cultura”, são algumas das suas intenções.

Na sua opinião, “os sapatos são para os sapateiros”, daí que defenda que “a Câmara deverá emagrecer as suas funções e entregar a maior parte delas à iniciativa privada, tendo como pilares fundamentais os setores de Contratação Pública e Fiscalização”.

“Não é a qualidade dos meus colegas que está em causa mas sim o modo como são geridos e os parcos meios que têm à sua disposição”, justifica.

Para Francisco Dias, “há que arrumar a casa, para se criar uma cultura organizacional sã”, observando que “a desmotivação é constante e não existe meritocracia. Existe o SIADAP que promove as amizades das chefias em detrimento de quem trabalha”.

Refere que irá “lutar pela vitória, para ter uma gestão interativa com os Guardenses sob o lema ‘Ai muito me tarda o desenvolvimento da Guarda’”.

No atual executivo municipal, presidido por Carlos Chaves Monteiro, que substituiu Álvaro Amaro na presidência da Câmara da Guarda quando este foi para o Parlamento Europeu, o PSD tem a maioria, com cinco eleitos, e o PS tem dois elementos.

O PSD candidata Carlos Chaves Monteiro, o PS candidata Luís Couto, atual diretor do Estabelecimento Prisional da Guarda, e o ex-vice-presidente da autarquia e atual vereador independente Sérgio Costa candidata-se como independente.

Este ano, as autárquicas ainda não têm data, mas, segundo a lei, ocorrem entre setembro e outubro.


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