Aumenta para 31 o número de mortos dos incêndios em Portugal

O número de incêndios diminui em Portugal à medida que aumenta o número de vítimas dos mais de 500 fogos registados no domingo.

Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil, as chamas provocaram pelo menos 31 vítimas mortais e mais de 50 feridos, 15 dos quais se encontram em estado grave.

O distrito de Viseu contabiliza o maior número de vítimas – 15 mortos – seguido de Coimbra, Guarda e Castelo Branco.

Esta tarde registavam-se 50 Incêndios em curso em todo o país combatidos por 3661 meios humanos, 1112 meios terrestres e 3 meios aereos.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara da Marinha Grande, Paulo Vicente, afirma que “cerca de 80% do Pinhal de Leiria já ardeu”, tendo alertado para “todas as consequências que isso acarreta”.

O governo português tinha declarado durante a noite o estado de calamidade pública nas regiões a norte do rio Tejo, ativando o mecanismo Europeu de Proteção Civil para obter ajuda internacional no combate às chamas.

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa sublinhou, esta manhã, o que considera ser uma situação excecional, segundo ela, agravada pela seca e pelos ventos fortes do furacão Ofélia.

A ministra apontou a necessidade de fazer reformas urgentes, ao nível da “prevenção estrutural”, da profissionalização dos bombeiros à criação de uma “proteção civil preventiva”, rejeitando no entanto demitir-se face às acusações de alegada falta de intervenção das autoridades.

O país encontra-se em alerta vermelho até às 20h00 desta segunda-feira quando as chamas levaram ao encerramento de várias vias rodoviárias e ferroviárias no interior centro e norte do país.

Os mais de 700 passageiros retidos em quatro comboios na linha da Beira Alta começaram entretanto a ser transbordados para o seu destino final.

A EDP anunciou ter instalado várias centrais móveis nas zonas mais afetadas de forma a tentar repor ainda hoje a rede de Média Tensão interrompida pelos fogos.

As chamas obrigaram igualmente à paragem da produção na fábrica da Peugeout Citroen em Mangualde.

A nova tragédia registada em Portugal, quatro meses após o incêndio que provocou 64 mortos e 200 feridos em Pedrógão Grande, levou vários responsáveis políticos e personalidades a expressar a sua solidariedade com as vítimas e os esforços dos bombeiros no terreno.


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