“Após o interregno de um ano, o centro histórico da cidade será novamente o palco de atuação dos artistas Bosoletti (Argentina), DOA OA (Espanha), Halfstudio e Third (Portugal), que nos brindarão com trabalhos onde as temáticas e inspirações se prenderão com o todo que compõe o território histórico, social, arquitetónico, cultural e/ou natural único desta região, sendo precisamente esta uma das consequências e características de diferenciação este evento”, refere a organização em nota de imprensa enviada hoje à agência Lusa.
Segundo a informação, esta quarta edição decorrerá entre os dias 03 e 11 de junho e terá uma sessão adicional no dia 17 de junho.
Lembrando que a ação dos artistas poderá ser acompanhada diariamente pela população, a nota também adianta que, além da já habitual intervenção em paredes, esta edição do WOOL também vai contar com um conjunto de ações que visam dar “nova vida ao centro histórico da cidade”, bem como “complementar e potenciar o elo de ligação entre o público, as obras e os artistas participantes”.
Entre as várias atividades está a realização de duas exposições (WOOL Pieces e WOOL Meets Roubaix), que pretendem apresentar respetivamente o trabalho dos artistas presentes nesta e nas anteriores edições e ainda a primeira fase do projeto a ser desenvolvido em parceria com o espaço criativo Le Non Lieu, em Roubaix (cidade geminada da Covilhã, em França).
Do programa constam também as habituais visitas guiadas que permitem dar a conhecer o projeto, os artistas e as obras em pormenor, além da atividade “conversas com os artistas”, na qual os artistas se apresentam à comunidade e abrem espaço ao diálogo.
Destaque ainda para o Lata 65, uma oficina de arte urbana para idosos, que “curiosamente se realiza pela primeira vez na cidade que inspirou a sua criação”.
A projeção do filme de Jérôme Thomas, “Sky’s the Limit”, já premiado um pouco por toda a Europa e que integra filmagens da edição 2015 do WOOL, recolhidas pelo realizador local Tiago Pinheira está programada para o dia 06 de junho, às 21:30, na Tentadora.
Para encerrar a primeira semana, no dia 10 de junho, às 21:30, o New Hand Lab, uma antiga fábrica hoje transformada em espaço criativo e multidisciplinar, recebe um concerto de Noiserv, cuja primeira será assegurada por uma banda residente, o Coletivo Profound Whatever, que irá musicar excertos do filme “El Topo” do Alejandro Jodorowsky”.
A organização refere ainda que a concretização desta edição é “só possível graças a um conjunto de parceiros e apoios nacionais e internacionais”, entre os quais destaca o financiamento da Câmara Municipal da Covilhã, que o ano passado não concedeu qualquer apoio ao festival, ao qual se junta o patrocínio do Puralã – Wool Valley Hotel & Spa e das tintas CIN.
O WOOL realizou-se em 2011, 2014 e 2015, edições em que foram intervencionadas várias paredes da zona histórica da cidade, criando-se um circuito de arte urbana em que se encontram obras de artistas como Vhils, Bordalo II, BTOY, Pantónio e Samina, entre outros.