Álvaro Amaro apela à união do PSD para evitar “barafunda total” em ano de eleições

O social-democrata lembrou ainda que Rui Rio “foi escolhido há um ano como candidato a primeiro-ministro pelo PSD”.

No passado dia 11 de janeiro, o social-democrata Álvaro Amaro disse esperar que a decisão de Rui Montenegro não lance o PSD “numa barafunda total” em ano de eleições e apelou à união em torno do líder eleito, Rui Rio.

“De facto, eu espero que isto sejam apenas momentos em que as pessoas querem afirmar, legitimamente, as suas convicções, as suas determinações, mas não para lançarmos o partido numa barafunda total a quatro meses de eleições”, disse Álvaro Amaro aos jornalistas, na qualidade de militante do PSD.

O social-democrata, que é presidente da Câmara Municipal da Guarda e dos Autarcas Social Democratas, acrescentou que, isso seria “uma incoerência”.

“Então, isso (posição de Montenegro) não é tempo de unir, é tempo de dividir. Isso é que é algo que pode prejudicar o PSD”, afirmou.

Luís Montenegro justificou a sua candidatura à liderança do PSD a meio do mandato de Rio com uma “grave e brutal” alteração de circunstâncias, defendendo ser necessário salvar o partido “do abismo” e prometendo “um tempo de esperança”.

Numa declaração no Centro Cultural de Belém, o antigo líder parlamentar social-democrata recordou ter sempre defendido que “os mandatos devem ir até ao fim”, acrescentando que mantém essa posição “em circunstâncias normais”.

Após a declaração de Montenegro, Álvaro Amaro apelou ao PSD para que se una “à volta do líder legitimamente eleito”, Rui Rio, e considerou que “há maneiras próprias” e “nos órgãos próprios” de os militantes poderem “discutir a melhor maneira de o partido ser mais forte para vencer as eleições”.

“Não é guerrearmos de uma maneira perfeitamente artificial e fora do tempo. Esta é uma disputa fora do tempo”, admitiu.

Álvaro Amaro lamentou ainda que se crie uma “onda de choque” para evitar que o líder legitimamente eleito em congresso vá a eleições.

O responsável diz que, “apesar das convicções de cada um, das aspirações legítimas de cada um, há um momento para isso” e este “é o momento para unir”.

“Mas o momento para unir não é causar divisão, senão isto é uma grande incoerência. E é esse apelo que eu faço”, rematou.

O social-democrata lembrou ainda que Rui Rio “foi escolhido há um ano como candidato a primeiro-ministro pelo PSD”.

“Estou de acordo com o Dr. Montenegro, que o país precisa de outro primeiro-ministro, Rui Rio e um PSD forte. O Dr. Montenegro disse que este é o tempo de unir. Eu também estou de acordo. É o tempo de unir”, assumiu.

No entanto, Álvaro Amaro questiona a posição de Luís Montenegro, que foi tomada “a pouco mais de quatro meses de eleições” para o Parlamento Europeu.

“Estranha-se que a quatro meses do primeiro ato eleitoral. A seguir se seguem na Madeira e as eleições legislativas, se diga agora que é o tempo de unir”, observou.

O autarca social-democrata tem esperança que o PSD “possa reforçar-se e ouvir ideias de um lado e do outro” e que o atual líder “saia mais reforçado” desta situação.


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