1ª Edição do Festival Literário “Em Nome da Terra” decorreu de 28 a 30 de outubro em Melo (Gouveia)

Este Festival foi organizado em parceria com as Aldeias de Montanha, no âmbito da Estratégia de Eficiência Coletiva PROVERE iNature.

A aldeia de Melo, em Gouveia, foi o cenário escolhido para a 1ª edição do Festival Literário “Em Nome da Terra”, um evento de “celebração da palavra e da literatura”, que decorreu de 28 a 30 de outubro.


Esta primeira edição reuniu dezassete convidados, entre autores, ilustradores, músicos e contadores de histórias, num evento de cariz único na região.


Do programa destacou-se a realização de conversas e tertúlias, as horas de conto, oficinas de ilustração, um jantar literário, música e teatro e ainda a visita dos escritores e ilustradores às escolas do Agrupamento de Gouveia.


Foi incluído neste evento um “relevante programa educativo, levado às nossas escolas e aos nossos alunos”, tal como sublinhou Luís Tadeu, Presidente da Câmara Municipal de Gouveia.


A importância da leitura e do conhecimento no percurso escolar das crianças e jovens foi um dos motes principais deste Festival, que pretendeu “focalizar e incutir também o hábito pela leitura junto da comunidade escolar, através de uma interessante componente pedagógica”.


Houve ainda lugar para a celebração do centenário do nascimento de José Saramago através de um Jantar Literário sob o mote “O Meu Saramago preferido é?”.


Durante o Jantar, para além de momentos de confraternização, os escritores foram desafiados a partilhar com os presentes o seu livro preferido de José Saramago, numa tertúlia em que o livro e a leitura foram celebrados.


A obra de José Saramago e o centenário do escritor português, contaram, nesta primeira edição do Festival Literário, com um especial relevo.


No ano em que se comemora o centenário do nascimento do Nobel da Literatura, esta efeméride constituiu “uma oportunidade privilegiada para se prestar homenagem ao escritor na história cultural e literária, em Portugal e no estrangeiro, bem como à sua figura enquanto cidadão”.


Para além de momentos de pura cultura, houve também espaço para a assinatura protocolar de constituição da Comissão Consultiva da Casa Para Sempre – Vergílio Ferreira e a entrega do Prémio Literário Vergílio Ferreira 2022.


A cerimónia de assinatura protocolar permitiu constituir uma comissão que terá um papel fundamental para a conservação, valorização e gestão da Casa de Vergílio Ferreira.


“O Município de Gouveia detém, uma enorme responsabilidade de honrar e difundir este legado que o autor de “Para Sempre” nos deixou”, afinca Luís Tadeu, explanando ainda que “a requalificação da Vila Josephine, futura Casa Para Sempre – Vergílio Ferreira, constitui o maior investimento cultural do Município de Gouveia. Ao contrário de tantos outros escritores, Vergílio Ferreira ainda não possui uma casa que celebre toda a dimensão da sua obra literária. Com esta casa pretendemos conceber um espaço dinâmico, dedicado à vida e sobretudo à excelência literária do autor.”


“Conscientes da grandeza deste projeto, e do que o mesmo representa, quer para o concelho de Gouveia, quer para a Cultura em Portugal, decidimos criar uma comissão consultiva que nos apoiará e aconselhará, nomeadamente a nível científico, para a programação de eventos e de atividades relacionadas que engrandeçam este projeto”.


O Festival Literário encerrou a sua primeira edição com a entrega do Prémio Literário Vergílio Ferreira 2022 a Carlos Nogueira, com a obra José Saramago: a Literatura e o Mal.


Este prémio, instituído pela Câmara Municipal de Gouveia, pretende homenagear o escritor Vergílio Ferreira, bem como “incentivar a produção literária, contribuindo desta forma para a defesa e enriquecimento da língua portuguesa”.


Ao longo dos anos têm participado no prémio literário um elevado número de concorrentes com superior qualidade dos seus trabalhos, permitindo que o Município tenha vindo a “ganhar progressivo e elevado prestígio no país e no mundo lusófono, dado o contributo de intelectuais de referência, como é o caso no nosso vencedor, a quem felicito pela excelência do seu ensaio”, declarou o autarca.


Luís Tadeu enalteceu a importância deste acontecimento cultural, como fator de promoção e desenvolvimento do território e agradeceu o “empenho e esforço de todos quantos colaboraram na organização do evento na aldeia mais literária de Portugal”.


Foram três dias repletos de iniciativas e propostas, num festival para leitores de todas as idades, onde se promoveu o livro, a leitura e a região.


Este Festival foi organizado em parceria com as Aldeias de Montanha, no âmbito da Estratégia de Eficiência Coletiva PROVERE iNature, e é cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do CENTRO 2020 — Programa Operacional Regional do Centro.


Contou com a produção da Papa-Livros Livraria, com a parceria da ADIRAM, Turismo de Portugal e União de Freguesias de Melo e Nabais, bem como com a colaboração dos habitantes da aldeia de Melo.


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