Recordar o Holocausto é uma questão de memória, mas também de coração

Tortura e sofrimento bárbaro
Experiências perversas e a constante violação
Doença e fenecimento
Dor profunda que atravessa gerações.

Rostos pálidos e intenso odor a morte
Os pijamas às riscas, os fornos e as câmaras de gás
Cercas de arame farpado e tantas roupas de criança
A perniciosa e estéril segregação do outro.

“O trabalho liberta”, a ironia imoral e impiedosa da mensagem
O pó e o ar trajados a atrocidade, a banalização do mal
Desaparecidos no silêncio tenebroso e artífices da malignidade
A desumanização absoluta, como foi possível?

Recordar o Holocausto é uma questão de memória, mas também de coração
Superfície comum de indignação
O horror do nazismo foi genuinamente horroroso
Os crimes hediondos praticados ultrapassam a simples essência da opinião.

Ferida social bem aberta e sombrios assassinos em massa
A sanguinária sensualidade teutónica
O ódio que continua a enraizar-se com demasiada facilidade
Estar atento às propostas ideológicas que ameaçam a humanidade.

Vivemos tempos conturbados e de crise
Contextos propícios para a vulgarização do populismo
Pedagogia que promova o espírito de fraternidade
Prevenir futuros genocídios.