Em economia, diariamente, são revelados múltiplos “sinais”. Estes vão desde os números frios e reais dos balanços das empresas, aos mais variados índices estatísticos, passando pelos dados que retratam meras análises psicológicas como as expectativas dos consumidores ou dos empresários, só para dar exemplos; ou ainda meras notícias ou mesmo rumores (que em economia são por vezes mais importantes do que as notícias, atentos os seus efeitos).
Dessas muitas variáveis surgem inevitavelmente as tendências, que aqui significam trajectórias mais ou menos definidas de ascendência, queda ou estabilização de valor. Por isso se apresentam tão vulneráveis os índices bolsistas aos imensos sinais que diariamente são relampejados para conhecimento dos decisores e investidores.
Conhecem-se – da análise histórica e da teoria económica – os reflexos que os sinais trazem à economia real, por isso não podemos de modo algum deles viver alheados. Alguns deles são tão “objectivamente” previsíveis nos seus efeitos, que não valerá a pena lutar contra a corrente, e perder dinheiro por teimosia de não querer ler os “sinais”.
Algumas das sugestões de investimento que aqui fizemos ao longo de meses revelaram-se acertadas. Só por exemplo: quem investiu em acções do Grupo SONAE no princípio do ano, realiza seis meses depois mais-valias de 60% a 97%, o que nos tempos que correm… E revelaram-se certeiras porque nos limitámos a ler alguns sinais, filtrando “ruídos” e antevendo tendências (e também por sorte; afinal a Bolsa não é um jogo?!)
Em próxima crónica falaremos desses sinais concretos a cuja interpretação não podemos de modo algum fugir, sob pena de fugirmos nós aos lucros…