O Nobel da Economia em 2006 defende a atribuição de subsídios ao emprego dos trabalhadores com salários mais baixos, reduzindo-se assim algum do desemprego.

O Nobel da Economia, em 2006, Prof. Edmund Phelps deu uma entrevista ao Diário Económico, na qual defende a atribuição de subsídios ao emprego dos trabalhadores com salários mais baixos, conseguindo-se por essa via reduzir algum do desemprego. Perguntará o leitor: como assim?!Trata-se de algo que Singapura vem fazendo com sucesso e que França e Holanda também estão a implementar e que, essencialmente reside na manutenção dos empregos pelos empresários, via subsídios aos mesmos, que dessa forma consideram vantajoso manter os empregados (parcialmente pagos pelo Orçamento de Estado).

Dessa forma, o Estado pagará menos em subsídios ao emprego do que em subsídios de desemprego; muito menos. E, sobretudo, permitirá alcançar boas taxas de empregabilidade as quais ajudam  – por si mesmas  – a relançar a economia. Se esta entretanto recuperar, podem os empresários não chegar a questionar a redução da força de trabalho.

Assim, em vez de assistirmos ao inevitável crescimento do desemprego, estaríamos a agir em contra-ciclo, garantindo o consumo privado (de maior número de famílias com emprego), podendo dessa forma também fomentar-se o necessário investimento empresarial. São, aliás, essas as grandes preocupações para que uma economia se fortaleça e cresça sustentadamente.

Parece-me, assim, sem mais, uma grande ideia. É de um Nobel da economia e está tudo dito, ainda por cima aluno de vários outros agraciados com o mesmo Nobel. Mas imagine o leitor por si mesmo o alcance da mesma. Imagine os muitos milhões que vão sendo lançados para acudir à “crise” e os seus efeitos… E tente fazer uma análise dos efeitos desses mesmos milhões se lançados à subsidiação da manutenção de postos de trabalho.

Entretanto, o PSI 20 ultrapassou a barreira dos 7500 pontos, com ganhos de aproximadamente 18% em 2009, o que, nos tempos que correm constitui um grande resultado. Só hoje, o BCP registou uma grande subida, superior a 5%.

Agora o leitor está a pensar: ai se eu tivesse adivinhado! Teria levantado os certificados de aforro e os depósitos a prazo (quase de sem juros) em Dezembro e teria investido na Bolsa… Agora teria 18% de rendimento (ou 14,4% líquidos) o que, confesse, seria muito bom. Já agora, perca-se a ler o que se escreveu aqui em Dezembro de 2008 sobre o assunto…