Recorde-se que este crescimento se afere em relação ao 1.º trimestre de 2009, já que em relação ao período homólogo de 2008, o PIB caiu efectiva e tristemente 3,7%. É pois necessário saber ler os números e os sinais… Tecnicamente falando, a economia sai da recessão, pois basta um trimestre de crescimento para que possamos afirmá-lo, mas ninguém se sente mais rico, disso temos a certeza.
Não estamos isolados nesta melhoria do clima económico, e o facto de Alemanha e França, entre outros, registarem leves subidas pode vir a relançar as exportações, e aí sim, aí o crescimento económico pode vir a ser uma realidade. Para já, e por antecipação, a Bolsa vive períodos de euforia, com acentuadas subidas de alguns títulos (BCP, Grupo SONAE, Portucel, etc, etc). Quem seguiu o apontamento de 26 de Maio, que aqui se dirigiu a boas opções de compra, regista grandes crescimentos num período muito curto de tempo. Em alguns casos (Sonae Capital, por exemplo) a valorização bolsista vai nos 30%, o que para tempos de crise, é obra.
Não sabemos se estamos em presença de um “bull market” sustentado, mas o certo é que o ano vai bom para os accionistas, sobretudo os que souberam sair antes da crise e entrar no final de 2008. Também parece que os investidores, que já não sabem onde colocar as suas poupanças, estão a regressar às acções, alheando-se dos certificados de aforro e dos depósitos a prazo pouco remunerados, e fala-se também de investimentos chineses no BCP pelo ICBC, o que só por si fez dar um “pulo” no valor dos títulos daquele, de 5,43% num só dia.
O autor detém acções das empresas citadas no presente comentário, pelo que a sua isenção pode nesta matéria ser questionada, sendo certo que outros títulos aqui não citados registaram também significativas subidas, não sendo objectivo dos comentários abarcar as opções de investimentos no mercado de valores mobiliários, e tão só comentar o momento económico. Aconselha-se a recolha de elementos em sites oficiais, tais como: www.cmvm.pt, entre outros, e o aconselhamento com profissionais do sector e instituições acreditadas.