Todos já imaginávamos que a IA estaria num ponto de inflexão, prestes a mudar a curva do desenvolvimento para a operacionalização, disponibilizando novos produtos aos cidadãos.
A chegada ao mercado da aplicação ChatGPT veio alavancar o processo e forçar a Google a agir no mesmo sentido. O OpenAI (ChatGPT) passou a oferecer conteúdos de “primeira água” limpos de publicidade e de grande credibilidade científica.
A Google também dispõe desses conteúdos se os quiser disponibilizar, como já hoje faz em parte no Google Académico, mas não será essa a motivação comercial, muito embora tenha de fazer qualquer coisa agora para limitar o impacto da chegada deste novo agente e produto, que parece irá mudar muito o atual estado das buscas de conhecimento e informação.
A primeira experiência com o ChatGPT é interessante e logo esgotamos as primeiras interações gratuitas. Contudo, quando aprofundamos temas, reparamos que a IA não passa a barreira do políticamente correto, terminando todas as respostas com remissões para aprofundamento, seja para uma consulta médica ou uma consulta de conteúdos analógicos acreditados pela ciência, porventura procurando a desresponsabilização pelo uso indevido da informação prestada.
Sabem, pois, a pouco as respostas e nem sempre convencem cabalmente. Estará ainda a “aprender” com os utilizadores e as bases de dados científicos para dar respostas mais completas e de maior cientificidade também. Acreditamos que isso acontecerá muito em breve. São poderosas ferramentas estas que a IA proporciona. Daí à sua aplicação em robots será um breve passo.
O chatGPT é uma aplicação gratuita (existindo também versões superiores e pagas) que permite interagir com outros usuários de chat online e aceder a conteúdos com muito interesse, desde logo académico. Ela permite, entre outros, gerar conteúdos utilizáveis em trabalhos escolares e daí a um “plágio” assistido por IA vai um pequeno passo. As Escolas deverão pois estar atentas ao uso da IA, que o mesmo é dizer, ao definhamento da nossa Inteligência Natural.