Todos sabemos o quanto foi difícil fazer os ajustamentos exigidos pelos credores e todos sabemos que, mesmo assim, continuamos a precisar de dinheiro emprestado pelos credores internacionais, embora em menor valor em cada ano, enquanto subsistirem défices orçamentais.
Mas há também juros imensos para pagar e se as taxas subirem novamente para os insustentáveis valores acima de 5%, lá voltaremos a pedir dinheiro extra ao estrangeiro, e sob as condições que estes vierem novamente a exigir. E que condições…Trata-se de dinheiro de milhões de pensionistas e aforradores internacionais e eles têm o direito de o emprestarem a quem querem e de cobrarem os juros que entenderem face ao risco que estimam para o negócio. Goste-se ou não, é assim! Por detrás dos “malditos mercados” estão pessoas e aforradores individuais!…
Por isso os tempos são de obrigatórios consensos e imperativos compromissos, para que não haja um novo resgate.
Muito do que hoje se diz ou promete, será “engolido” pela realidade devedora. Temos idade suficiente para sabermos que assim será! Já vivemos 2 resgates a trabalhar e com consciência do que implicam!
Quanto ao eventual novo resgate, até ele ser evidente, todos o negarão! Mas os compromissos internacionais do país, exigirão em 2016 e 2017 avultados valores em juros e amortização de dívida e não há rotativa para euros que possamos por a trabalhar…
O que poderá ser o novo Memorando em caso de novo resgate?! Nem quero para já pensar. Está um dia bonito, e não me apetece rever o que se passou (e ainda passa) ali pela antiga Grécia…