Nascem diariamente 264, morrem 282, e o saldo migratório é negativo em 128 por dia (diferença entre os imigrantes e os emigrantes). Ao todo perdemos 146 pessoas dia, 4380 mês, 53290 ano e perdemos mais de meio milhão de pessoas numa só década… São consumidores, contribuintes, trabalhadores, desempregados, jovens licenciados que deixamos de ter por cá… Parece-me de tal modo preocupante para a sustentabilidade da Nação, que acho que o nosso PIB só recuperará quando este valor for positivo, ou seja, quando em cada dia formos mais e não menos, como agora acontece. Em breve seremos menos de 10 milhões, com tudo o que isso implicará, ao nível da sustentabilidade dos muitos sistemas, da educação à saúde, passando, obviamente pela insustentável segurança social. Infraestruturámos o País para 20 milhões de pessoas, pagamos os juros desse investimento, e em breve não seremos sequer 10 milhões, sendo que temos mais de 2 milhões com idade superior aos 65 anos… Há muitas medidas que podem ser tomadas para evitar esta preocupante “inevitabilidade”. Temos de algum modo de promover a natalidade, de facilitar a adopção de crianças, de promover a verdadeira repartição dos recursos, de criar empregos que permitam estabelecer famílias e aumentar os nascimentos. Tenho para mim que o problema demográfico é, lado a lado com a igualmente insustentável dívida pública, o maior dos problemas nacionais, e por isso merecedor de muitas atenções das políticas públicas, sejam locais, sejam de âmbito nacional.
Analisando os dados do site Pordata (baseado em dados do INE) Portugal perde por dia 146 pessoas.