Centro de Animais Selvagens de Castelo Branco recebeu 213 animais em 2013

O Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens (CERAS) de Castelo Branco, da Quercus, recebeu 213 animais em 2013, com uma taxa de recuperação de 62%.

Segundo o relatório CERAS 2013, a que a agência Lusa teve hoje acesso, a maior afluência de animais registou-se entre os meses de junho e setembro, sendo que 62% dos animais que deram entrada no centro eram provenientes do distrito de Castelo Branco, 21% de Portalegre, 11% de Santarém e 06% de outras proveniências. As aves constituíram a grande maioria dos animais que deram entrada no CERAS (92%). No que diz respeito a espécies com estatuto de ameaçadas em Portugal continental, verificou-se um número similar a 2012, correspondendo a 08% dos animais entrados, com um total de 17 espécimes. O documento refere ainda que as causas mais frequentes de entrada foram a queda do ninho (25%), traumatismos diversos (30%), juvenis desorientados (13%), debilidade (08%), cativeiro ilegal (05%) e eletrocussão (05%). De acordo com o relatório, em 2013 registou-se uma entrada atípica de crias de grifo por debilidade, mais do dobro do que em anos anteriores (33 indivíduos), quando habitualmente ingressam entre 12-15 crias por ano. A Quercus explica que este facto pode estar relacionado com a falta de alimento nos campos face à retirada de cadáveres pelo Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos na Exploração (SIRCA). O principal objetivo do CERAS, que abriu em Castelo Branco em 1999, consiste na recuperação de animais selvagens debilitados, feridos ou doentes e posterior devolução ao seu meio natural em condições que lhes permitam sobreviver e desenvolverem-se normalmente em liberdade. O CERAS é um projeto do núcleo regional de Castelo Branco da Quercus, com o apoio da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB), onde tem as suas instalações, e que funciona graças ao trabalho de voluntários e de estagiários daquele estabelecimento de ensino.


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