Alfredo Cunha, natural de Celorico da Beira, lança hoje, 7 de outubro, pelas 18h30, o seu livro “Ph.09 Alfredo Cunha” que celebra os cinquenta anos da sua obra fotográfica, nos quais retratou, por exemplo, o 25 de Abril ou as culturas de diversos pontos do mundo.
A sessão de apresentação do livro vai decorrer hoje, às 18h30, na Biblioteca da Imprensa Nacional, em Lisboa, e contará com a presença dos autores.
“Ph.09 Alfredo Cunha” dá título ao novo livro da Série Ph. dedicada à fotografia portuguesa contemporânea, que já contemplou artistas visuais como Helena Almeida, Jorge Molder, Paulo Nozolino, Fernando Lemos, José M. Rodrigues, Ernesto de Sousa, Jorge Guerra e Daniel Blaufuks.
O livro inclui ainda dois ensaios distintos, um do sociólogo António Barreto, intitulado “Do ofício à arte”, e outro do historiador de arte e curador David Santos, “Do índice ao ícone”, que tratam o trabalho do fotógrafo.
A narrativa do livro está construída de forma temática em capítulos como conflito/guerra, religião, 25 Abril e descolonização, trabalho, sociedade, viagens e retratos.
António Barreto afirma no seu texto que Alfredo Cunha “viajou pelo mundo inteiro, conheceu todas as condições sociais e humanas, esteve presente em momentos decisivos, presenciou a morte, viveu a luta, fotografou o amor, passou por todos os trabalhos e acompanhou revoluções…”.
“No caso de Alfredo Cunha, a vida é feita de imagens realizadas, a realizar, e outras que ficaram para trás. Algumas transcendem a singularidade da decisão autoral e ganham um peso que é coletivo, identitário”, afirma, por seu turno, David Santos, no ensaio inédito publicado no livro.
Alfredo Cunha nasceu em 1953, em Celorico da Beira, e em 1970 iniciou a carreira profissional em fotografia, colaborando, ao longo da carreira, com jornais como O Século, Público, Jornal de Notícias, entre outros.
Foi fotógrafo oficial dos presidentes da República Ramalho Eanes e Mário Soares, e recebeu a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.
Tem publicado diversos livros de fotografia, entre os quais “Raízes da Nossa Força” (1972), “Naquele Tempo” (1995), “Cortina dos Dias” (2012), “Os Rapazes dos Tanques” (2014), “Retratos 1970-2018” (2018), “O Tempo das Mulheres” (2019) e “Leica Years” (2020).
Iniciada em 2017, a Série Ph. é uma coleção de monografias bilingues – em português e inglês – dedicada à fotografia portuguesa contemporânea, que pretende dar a conhecer a obra de diversos autores, com textos de especialistas, em função dos territórios expandidos e múltiplos da fotografia.