“Houve já a tramitação legal, houve o visto do Tribunal de Contas. Tecnicamente e daquilo que concerne à parte política, é para avançar hoje. Durante o mês de fevereiro vai arrancar”, disse hoje à agência Lusa o vice-presidente da Câmara Municipal de Mêda, César Figueiredo (PSD/CDS-PP).
Segundo o autarca, trata-se de uma obra que é falada “há duas décadas” e que é considerada importante para o concelho, pois permitirá dar condições de acolhimento a novos e a atuais empresários.
“É uma obra que já deveria ter começado há um ano, que já devia ter começado há meio ano, há três meses. E cada semana que passa acho que é um atraso, porque é uma realidade de que nós precisamos objetivamente para desenvolver o nosso concelho”, disse.
Embora haja uma litigância entre duas empresas concorrentes “que se acham as duas no direito de reclamar a zona industrial”, o executivo municipal entende que a obra “deve avançar quanto antes”, indicou o vice-presidente.
De acordo com César Figueiredo, no local onde a obra vai ser feita, no passado, foram depositados lixos e existem resíduos numa “lixeira a céu aberto”, o que obriga o município a lançar um concurso público, que terá um valor calculado entre 200 a 300 mil euros, “para fazer a triagem do resíduo existente”.
A nova Área de Acolhimento Empresarial de Mêda tem um total de 16 hectares de terreno e os resíduos ocupam entre quatro a cinco hectares.
A autarquia já decidiu “iniciar as obras onde é possível e, ao mesmo tempo, que será sempre num período de dois ou três meses, fazer a recolha dos resíduos”.
“O contrato de adjudicação já foi assinado há um mês e, neste momento, estamos à espera somente que a empresa [vencedora do concurso] articule com essa necessidade de retirar os resíduos, para perceber em que local é que vamos começar e como é que vamos fazer com essa situação dos resíduos e com a recolha, porque queremos fazê-lo de uma forma correta”, explicou.
A futura Área de Acolhimento Empresarial terá “umas dezenas largas de lotes”, incluindo 16 de grande dimensão, que terão “capacidade de se ajustarem” às necessidades das empresas, referiu o vice-presidente do município de Mêda.
A obra está projetada para um terreno localizado junto da estrada que faz a ligação entre a cidade de Mêda e a aldeia de Ranhados.
O investimento global é de 1,5 milhões de euros e regista uma comparticipação de 600 a 700 mil euros.
O projeto da nova Área de Acolhimento Empresarial de Mêda integra o loteamento, a abertura de acessos e de arruamentos e a instalação de várias infraestruturas, como redes de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais e pluviais, redes elétricas e de iluminação pública, de gás e telecomunicações e obras de integração paisagística.