Celorico da Beira e Gouveia vão construir Centro Intermunicipal de Recolha Oficial de Animais

Os municípios de Celorico da Beira e de Gouveia vão investir cerca de 200 mil euros na criação de um Centro Intermunicipal de Recolha Oficial de Animais, que será comum aos dois concelhos, foi hoje anunciado.

Os executivos das duas autarquias do distrito da Guarda já aprovaram o protocolo, que será celebrado em breve, com vista à criação do equipamento que pretende dar “uma resposta adequada à problemática dos animais abandonados e errantes” na região.

Fonte da autarquia de Celorico da Beira disse hoje à agência Lusa que o futuro Centro de Recolha Oficial e Parque de Bem-estar Animal São Francisco de Assis, vai ser criado no espaço de uma antiga estação de tratamento de águas residuais daquela vila, que “já está desativada há muito tempo”.

A intervenção está estimada em cerca de 200 mil euros e as duas autarquias vão apresentar uma candidatura intermunicipal a um programa de financiamento para execução da obra.

O equipamento, que terá cerca de 2.000 metros quadrados de área de construção e uma capacidade de acolhimento para 100 cães, contempla a criação de 25 ‘boxes’ de canil, gatil e uma ‘box’ para animais de outras espécies, receção, sala de esterilização com recobro, consultório, anfiteatro para ações de sensibilização de visitantes e hotel canino, entre outros espaços.

A construção de um Centro Intermunicipal de Recolha Oficial de Animais é, “desde há muito tempo, uma das principais pretensões dos municípios de Celorico da Beira e de Gouveia”, segundo a autarquia de Celorico da Beira.

“De facto, os dois concelhos debatem-se continuamente com a problemática de animais abandonados, vadios e errantes, em más condições, objeto de maus tratos, representando muitas vezes perigo para as populações, para a saúde pública e meio ambiente”, refere o município em comunicado.

“Para além da recolha e acolhimento dos animais, o Centro de Recolha a construir em breve procurará, também, encontrar novos donos para os animais abandonados (vertente educacional) e, simultaneamente, garantir os cuidados necessários à manutenção da saúde e conforto animal”, acrescenta.

Por sua vez, a autarquia de Gouveia lembra, também em comunicado, que após a entrada em vigor da lei que proíbe o abate como forma de controlo da população de animais errantes, os animais recolhidos no município e alojados no Centro de Recolha Oficial de Cães e Gatos do Município de Seia e no Canil Municipal da Guarda, na sequência de protocolos estabelecidos com esses municípios, “tem vindo a crescer”, sendo necessário criar uma estrutura que assegure “a possibilidade de continuar a prestar um serviço público de qualidade neste domínio”.

“Como é sabido, os municípios de Gouveia e Celorico da Beira não possuem respostas municipais próprias para estas necessidades, nomeadamente no que diz respeito às instalações físicas, pelo que entendem que a estruturação deste serviço num quadro intermunicipal, com a partilha de recursos físicos financeiros e humanos, é a melhor solução para servir o interesse público”, refere.


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