Segundo a Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, trata-se de “uma celebração que envolve toda a comunidade” e que incluirá “muita alegria e animação”.
A tradição contempla “mulheres mascaradas de homens e homens de mulher, com rendas e máscaras de cortiça a esconder a face para que ninguém seja reconhecido nas pantominices que fazem aos outros”.
O presidente do município de Figueira de Castelo Rodrigo, Paulo Langrouva, disse à agência Lusa que o evento, organizado pela Associação Lagarto, com o apoio da autarquia, permitiu recuperar “o Entrudo das viúvas” da aldeia de Vilar de Amargo.
Paulo Langrouva contou que, segundo a tradição, são feitas rendas propositadamente para os foliões taparem o rosto nesta quadra festiva.
“Antigamente, o Carnaval era festejado com a cobertura das faces com rendas. As pessoas iam todas vestidas de preto e depois tapavam [o rosto] com rendas brancas. Nós estamos a recuperar isso”, afirmou.
O autarca lembrou que a tradição carnavalesca de Vilar de Amargo também está relacionada com a feitura de máscaras em cortiça.
Segundo o responsável, devido a esta tradição de Carnaval, o concelho de Figueira de Castelo Rodrigo já foi convidado para participar no Festival Ibérico da Máscara, em Lisboa.
O programa do “Entrudo Lagarteiro” de Vilar de Amargo começa pelas 09h30 do sábado de Carnaval e termina pela noite dentro.
“Coloque uma máscara de renda a rigor, venha conhecer um Entrudo típico da Beira Interior”, é o desafio lançado pela organização aos visitantes e aos foliões que pretendam associar-se ao “Entrudo Lagarteiro” de Figueira de Castelo Rodrigo, um município localizado junto da fronteira com Espanha.