Mais de metade dos utentes portugueses (52,20%) encontrou algum tipo de indisponibilidade de medicamentos numa farmácia nacional durante o último ano. Os distritos do Interior do país são os mais afetados, com Beja a ter uma percentagem de 68,22% e a Guarda de 67,30%. Segue-se Bragança com 61,30%. As conclusões são de uma sondagem realizada pelo Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR).
Esta falta de medicamentos levou a que 1,4 milhões de utentes recorressem a uma consulta médica de modo a alterar a prescrição, o que representou custos de entre 35,3 milhões a 43,8 milhões de euros para o sistema de saúde.
O mesmo estudo revelou ainda que a maior percentagem de utentes com interrupção de tratamento devido à indisponibilidade de medicamentos ocorreu em Beja – 9,30% -, seguido de Bragança (6,96%) e Castelo Branco (6,60%). A média nacional situa-se nos 5,70%.
Os inquéritos para o relatório foram realizados na primeira semana de abril e neles participaram utentes de 2.097 farmácias em Portugal.